Conselho da Europa alerta para discriminação contra portugueses no Luxemburgo
Radio Latina 2 min. 20.09.2023 Do nosso arquivo online

Conselho da Europa alerta para discriminação contra portugueses no Luxemburgo

Conselho da Europa alerta para discriminação contra portugueses no Luxemburgo

Radio Latina 2 min. 20.09.2023 Do nosso arquivo online

Conselho da Europa alerta para discriminação contra portugueses no Luxemburgo

Os portugueses estão entre as principais vítimas de discriminação no Luxemburgo, juntamente com os imigrantes de ascendência africana. O alerta é do Conselho da Europa que sinaliza as áreas do emprego, da educação e da habitação como mais problemáticas.

O relatório sobre o Luxemburgo elaborado pela ECRI (Comissão Europeia contra o Racismo e a Intolerância, na sigla em inglês), um organismo independente do Conselho da Europa que monitoriza estes temas, concluiu que "as crianças estrangeiras ou filhos de pais de nacionalidade estrangeira, especialmente portugueses, continuam a enfrentar desafios significativos no domínio da educação".


La majorité des plaintes concernant le handicap concerne des problèmes d'accessibilité.
Desconhecimento da língua luxemburguesa é a principal discriminação no Grão-Ducado
Em janeiro de 2021, cerca de 47% da população luxemburguesa era estrangeira, mas a maioria, 61%, era proveniente da imigração, sublinha o mais recente estudo encomendado pelo Ministério da Família e Integração.

Em termos escolares, as crianças estrangeiras ou descendentes de estrangeiros, com especial destaque para as de origem portuguesa, estão presentes em maior número no ensino técnico/profissional a nível secundário e têm o dobro das probabilidades de abandonar precocemente a escola ou a sua formação.

"As conversas que a delegação teve com várias pessoas durante a visita revelaram claramente que as crianças estrangeiras ou filhos de pais estrangeiros, nomeadamente os alunos portugueses, continuam a enfrentar grandes desafios no seu percurso escolar", lê-se no documento da ECRI divulgado pelo Conselho da Europa.

Os problemas identificados em relação à comunidade de origem portuguesa estendem-se ainda à habitação, em que "os afrodescendentes e os portugueses são frequentemente discriminados quando procuram alojamento para arrendar".

Também no emprego, denuncia a ECRI, "as pessoas de origem imigrante, especialmente de origem africana e de nacionalidade portuguesa, enfrentam discriminação" no Luxemburgo.


Emigraram e agora vivem em caves e sótãos. O alerta da Femmes en Détresse
Mães solteiras ou até avós e netos. Muitas delas portuguesas. Vêm para o Luxemburgo em busca de uma vida melhor, mas o sonho acaba num pesadelo. Este é o alerta da associação Femmes en Détresse.

A ECRI sublinhou que o "sentimento xenófobo" no Luxemburgo "aumentou significativamente durante a pandemia" de covid-19, ao notar que a origem étnica foi o motivo mais frequente de discriminação e que os mais visados foram os cidadãos portugueses.

Nesse sentido, o organismo independente recomendou às autoridades luxemburguesas a adoção de "medidas decisivas para prevenir e combater a discriminação contra os migrantes no que respeita ao acesso à habitação; prosseguir os esforços para garantir que os requerentes de asilo vivam em condições adequadas; e conceder maior autonomia aos beneficiários de proteção internacional em matéria de alojamento, intensificando as iniciativas de apoio às pessoas em situação particularmente vulnerável durante a crise imobiliária".

Artigo: Lusa/Redação Latina Foto: Arquivo LW


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