Desconhecimento da língua luxemburguesa é a principal discriminação no Grão-Ducado
Radio Latina 15.03.2022 Do nosso arquivo online

Desconhecimento da língua luxemburguesa é a principal discriminação no Grão-Ducado

Desconhecimento da língua luxemburguesa é a principal discriminação no Grão-Ducado

Radio Latina 15.03.2022 Do nosso arquivo online

Desconhecimento da língua luxemburguesa é a principal discriminação no Grão-Ducado

Em janeiro de 2021, cerca de 47% da população luxemburguesa era estrangeira, mas a maioria, 61%, era proveniente da imigração, sublinha o mais recente estudo encomendado pelo Ministério da Família e Integração.

O tipo de discriminação mais comum no Luxemburgo é o desconhecimento da língua luxemburguesa. Pelo menos 49% das vítimas aponta este fator como o mais discriminatório. A cor da pele é a segunda causa de discriminação, com 48,3%, seguido dos sinais culturais visíveis, com 47,6%.

Esta é uma das conclusões do estudo sobre o racismo e a discriminação no Luxemburgo, elaborado pelo Centro de Estudo e Formação Intercultural e Social (Cefis) e pelo Instituto luxemburguês de investigação socioeconómica (Liser).

Quanto aos setores, a procura e o acesso à habitação é onde se nota mais discriminação, com 50%, seguida da procura de emprego (44,5%) e das redes sociais (43%). As vítimas queixam-se sobretudo de tratamento desigual e de palavras ou gestos impróprios.

No entanto, 66,6% das vítimas não apresenta queixa. Os autores do estudo referem que não o fazem por acharem que é inútil, por falta de informação ou por ser complicado apresentar queixa.

Ainda segundo os números do estudo, 29,7% dos residentes temem vir a ser vítimas de incidentes devido à sua etnia ou raça, 11% dos residentes tentam evitar vizinhos de certa etnia racial e 4,3% estabelecem hierarquias entre raças.

Com base nestes e outros dados, os autores do estudo recomendam as autoridades a reforçar a sensibilização e a formar os profissionais das áreas do emprego, habitação, educação ou administração pública. Outras propostas de combate ao racismo e discriminação passam, por exemplo, por criar uma 'helpline' de notificação de casos e melhorar o acolhimento das vítimas.