Conseguiria pagar uma despesa imprevista de 1.869 euros?
Radio Latina 28.04.2023 Do nosso arquivo online
Risco de pobreza

Conseguiria pagar uma despesa imprevista de 1.869 euros?

Risco de pobreza

Conseguiria pagar uma despesa imprevista de 1.869 euros?

Radio Latina 28.04.2023 Do nosso arquivo online
Risco de pobreza

Conseguiria pagar uma despesa imprevista de 1.869 euros?

Novo relatório da Câmara dos Assalariados revela que mais de 21% dos residentes não conseguem arcar com despesas inesperadas.

Mais de 21% dos agregados familiares no Luxemburgo não conseguem fazer face a despesas imprevistas, de acordo com o relatório anual da Câmara dos Assalariados sobre a situação socioeconómica do país, o “Panorama social 2023”.

À questão “o seu agregado consegue fazer face a uma despesa imprevista de 1869 euros e pagá-la com dinheiro das suas próprias poupanças?”, 21,3% das famílias diz-se incapaz. A taxa sobe para 36,2% entre as famílias numerosas e dispara para 45,1% entre as famílias monoparentais.


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O relatório da Câmara dos Assalariados alerta que a taxa de risco de pobreza no Luxemburgo, de 18,1%, é mais elevada do que a média da zona euro (17%), destacando que ao longo dos últimos anos houve uma ascensão quase sem interrupções do indicador. A taxa de risco de pobreza no Grão-Ducado é também superior à das vizinhas Alemanha (15,8%), França (14,4%) e Bélgica (12,7%).

Nunca houve tanta gente a recorrer às mercearias sociais

Outro dos aspetos destacados no estudo diz respeito às mercearias sociais. Em 2022, 10.741 pessoas fizeram compras nas mercearias sociais geridas pela Caritas e pela Cruz Vermelha.


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A instituição salienta que este é um número recorde desde a criação das mercearias sociais em 2009. Face ao ano passado, as lojas receberam mais 500 pessoas. Porém, se comprarmos com o ano de 2014, por exemplo, o número de utentes mais do que duplicou.

As mercearias sociais vendem bens alimentares a preços baixos. Para poder usufruir do serviço, os clientes têm de ter um cartão pessoal de acesso. Os pedidos devem ser feito a um serviço social que, com base em critérios socioeconómicos e familiares, decide se a pessoa ou família tem direito a frequentar o estabelecimento.

Artigo: Diana Alves | Foto: Federico Gambarini/dpa



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