Nervosismo na construção. “Empresas menos tolerantes e a sancionar mais”
Radio Latina 26.04.2023 Do nosso arquivo online
LCGB

Nervosismo na construção. “Empresas menos tolerantes e a sancionar mais”

LCGB

Nervosismo na construção. “Empresas menos tolerantes e a sancionar mais”

Radio Latina 26.04.2023 Do nosso arquivo online
LCGB

Nervosismo na construção. “Empresas menos tolerantes e a sancionar mais”

Fruto da situação que o setor atravessa, de acordo com a LCGB.

É algo que a LCGB tem constatado no terreno: as empresas do ramo da construção estão a ficar “menos tolerantes” e a “sancionar mais os trabalhadores”, fruto da situação que o setor atravessa.

Em entrevista à Rádio Latina, Robert Fornieri, do departamento de construção da central sindical, disse que esta é uma tendência verificada sobretudo em pequenas e médias empresas com dificuldades financeiras. Toleram menos os erros e sancionam com mais facilidade. Sanções que, por vezes, são mesmo o despedimento.

O sindicalista diz que o verdadeiro motivo destas sanções é o contexto financeiro das empresas, embora fale de casos em que as sanções são de facto justificadas. Frisa, no entanto, que antes as empresas eram mais tolerantes, e encara esta tendência como “perigosa”.

Questionado sobre que tipo de situações têm levado a sanções, o sindicalista escusa-se a avançar detalhes, dando apenas o exemplo dos atrasos. Se antes muitas empresas aceitavam que o trabalhador começasse mais tarde e depois compensasse, agora são mais rígidas.

Outra das tendências a que o sindicato tem assistido no terreno prende-se com a redução das horas de trabalho extraordinárias, algo que é frequente no setor.

Em relação ao abrandamento da atividade na construção devido ao aumento das taxas de juto e custos de produção, Robert Fornieri prefere não usar, para já, a palavra “crise”, mas diz que o setor tem de estar atento.

De acordo com a Câmara dos Ofícios, o setor da construção poderá vir a viver “uma crise sem precedentes” depois das férias coletivas devido à quebra na atividade. Para já, os sindicatos preferem não dramatizar.

Artigo: Diana Alves | Foto: Gerry Huberty


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