Transportes. “Têm de ser mais atrativos e não é com flores no seu interior”
Transportes. “Têm de ser mais atrativos e não é com flores no seu interior”
Há exatamente três anos que os transportes públicos são gratuitos no Luxemburgo. À margem do aniversário, a Rádio Latina falou com a Federação Luxemburguesa das Empresas de Autocarros (FLEAA, na sigla em francês) sobre o impacto da medida.
Embora considere que, de forma geral, o país deu um passo na direção certa, Hendrik Kühne, secretário-geral da federação, diz que mais importante do que a gratuitidade é tornar os transportes mais atrativos. Não se trata de “pôr flores no seu interior”, mas sim de responder às necessidades dos utilizadores. Apostar na frequência com que os transportes circulam e nas ligações deve ser uma das prioridades.
Segundo Hendrik Kühne, há mais gente a utilizar os transportes agora. Mas, para o responsável, talvez isso não se explique pela gratuitidade propriamente dita. O facto de não ser preciso ter um bilhete no bolso faz com que os utilizadores decidam espontaneamente entrar num autocarro, mesmo que não conheçam bem a zona ou o trajeto da linha.
Questionado sobre as agressões de que motoristas de autocarros têm sido alvo nos últimos tempos, o secretário-geral da FLEAA não esconde que esse poderá ser o outro lado da moeda.
Artigo: Diana Alves | Foto: Guy Jallay