Federação diz que exigências linguísticas na capital prejudicam condutores francófonos
Federação diz que exigências linguísticas na capital prejudicam condutores francófonos
A Federação Luxemburguesa das Empresas de Autocarros (FLEAA, na sigla em francês) considera exageradas as exigências linguísticas feitas aos motoristas na cidade do Luxemburgo.
Em entrevista à Rádio Latina, Hendrik Kühne, secretário-geral da federação, disse que na capital os condutores têm de falar pelo menos duas das línguas oficiais do país, sendo-lhes exigido que percebam o luxemburguês ou até mesmo o alemão. O líder da FLEAA diz que esse pré-requisito prejudica os francófonos e questiona “como é que isto é possível?”.
Essa exigência está indicada, preto no branco, num concurso lançado pela autarquia para as novas linhas de autocarros da rede VDL. A FLEAA já enviou uma carta à autarquia a abordar o assunto, no seguimento do concurso lançado pela capital para recrutar motoristas.
Tendo em conta as exigências linguísticas, a federação diz que será muito difícil que os seus membros consigam um posto no âmbito deste concurso
Hendrik Kühne admite que a federação recebe queixas por parte de utilizadores sobre o facto de os motoristas não falarem as três línguas do país.
Além dos autocarros da rede da capital, também os autocarros dos Caminhos de Ferro Luxemburgueses (CFL), por exemplo, exigem várias línguas aos condutores. Segundo Hendrik Kühne, como este tipo de empresa oferece boas condições aos motoristas, os condutores multilingues acabam por “fugir” para essas empresas.
Artigo: Diana Alves | Foto: Guy Jallay