Spacety Luxembourg nega qualquer envolvimento com a Rússia
Spacety Luxembourg nega qualquer envolvimento com a Rússia
As explicações foram dadas num comunicado datado deste domingo (29), depois de o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos ter incluído, na semana passada, a Spacety China e a sua filial Spacety Luxembourg na lista de sanções ligadas a empresas e pessoas que apoiam o grupo Wagner (neste caso, através de cedência de imagens de satélite).
A empresa luxemburguesa garante que nunca teve qualquer relação comercial ou acordo com entidades russas e que nunca participou em qualquer tipo de atividades militares de apoio à guerra na Ucrânia e ao grupo Wagner.
Os responsáveis referem ainda que estão a trabalhar de forma transparente junto do Governo luxemburguês e outras entidades "para resolver possíveis diferenças e mal-entendidos".
A Spacety Luxembourg diz também que tem respeitado "estritamente as leis e os regulamentos de países e regiões" onde atua e que aprova as sanções internacionais impostas à Rússia pelos EUA e pela União Europeia.
A empresa lembra ainda que os seus produtos e serviços "são todos utilizados para fins civis e não militares" e não descarta o "recurso aos meios legais para proteger os seus direitos e benefícios", lê-se no comunicado.
A Rádio Latina questionou, na quinta-feira, o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) sobre a inclusão da Spacety Luxembourg na lista de sanções norte-americana. Na resposta, enviada por e-mail na sexta-feira, os ministérios dos Negócios Estrangeiros, da Economia e o das Finanças referiam que estão a par da situação, mas que aguardam mais informações para poder atuar no Luxemburgo.
A empresa é uma filial da Spacety China e foi criada no Luxemburgo em 2019, tendo a sua sede em Esch-sur-Alzette, na incubadora de empresas tecnológicas Technoport. Atualmente tem cinco funcionários de diferentes nacionalidades, incluindo um português.
Henrique de Burgo
