O que se sabe sobre a empresa acusada de apoiar mercenários russos na Ucrânia
O que se sabe sobre a empresa acusada de apoiar mercenários russos na Ucrânia
A empresa é uma filial da Spacety China e foi criada no Luxemburgo em 2019, tendo a sua sede em Esch-sur-Alzette, na incubadora de empresas tecnológicas Technoport. Atualmente tem cinco funcionários de diferentes nacionalidades, incluindo um português.
Entre outros dados, a empresa disponibiliza dados de satélite e serviços de observação terrestre. A Spacety Luxembourg tem ainda parcerias com institutos de investigação e universidades de 20 países, como o Luxemburgo, Portugal, França ou Bélgica.
Os Estados Unidos incluíram, na semana passada, o grupo Wagner na sua lista de organizações criminosas transnacionais e anunciaram sanções a várias empresas, envolvendo "congelamento de bens nos Estados Unidos da América (EUA) e uma proibição aos operadores norte-americanos de terem relações com os indivíduos e entidades listados".
Da parte do Luxemburgo, o Governo garantiu, na sexta-feira, em resposta à Rádio Latina, estar a par das sanções norte-americanas, não descartando medidas a nível nacional, mas ressalvando que aguarda mais pormenores por parte das autoridades norte-americanas.
Segundo o comunicado do Departamento do Tesouro dos EUA, ao qual a Rádio Latina teve acesso, a Spacety Luxembourg é citada na lista de sanções "por ser propriedade ou controlada" pela Spacety China, ou "por ter agido ou supostamente agido em nome, direta ou indiretamente, da Spacety China".
Já a casa mãe, Spacety China, é citada "por ter assistido materialmente, patrocinado ou fornecido apoio financeiro, material ou tecnológico, ou bens ou serviços para ou em apoio da Terra Tech [empresa russa que fornece imagens espaciais adquiridas por satélites comercialmente ativos].
Artigo: Henrique de Burgo | Foto da Technoport em Belval: Lex Kleren
