Dia de Portugal comemora-se com mais extremismos na UE
Radio Latina 9 min. 10.06.2024
Atualidade em síntese 10 JUN 2024

Dia de Portugal comemora-se com mais extremismos na UE

Atualidade em síntese 10 JUN 2024

Dia de Portugal comemora-se com mais extremismos na UE

Foto: dpa
Radio Latina 9 min. 10.06.2024
Atualidade em síntese 10 JUN 2024

Dia de Portugal comemora-se com mais extremismos na UE

Os 27 países da União Europeia (UE) elegeram ontem os 720 deputados do Parlamento Europeu, dos quais 21 portugueses e seis luxemburgueses.

O Partido Democrático (DP) perdeu um dos dois assentos conquistados em 2019 para o Parlamento Europeu. Lugar conquistado ontem pelo Partido Reformista da Alternativa Democrática (ADR) que faz a sua estreia no hemiciclo europeu.

Os nacionalistas do ADR elegeram pela primeira vez um eurodeputado. Neste caso, o seu cabeça de lista Fernand Kartheiser, que será substituído na Câmara dos Deputados por Dan Hardy.

Tal como a nível europeu, no Luxemburgo também foi o Partido Cristão Social (CSV) a vencer estas eleições europeias, mantendo os seus dois assentos que vão voltar a ser ocupados por Christophe Hansen e Isabel Wiseler-Lima, a única dos 11 candidatos lusófonos eleitos.

Embora os socialistas tenham aumentado a percentagem de votação em quase 10% em comparação com as europeias anteriores, não foi o suficiente para eleger um segundo eurodeputado. Marc Angel continua a ser o único representante do LSAP.

O veterano liberal (DP) Charles Goerens, que disputava a sua quinta eleição para o Parlamento Europeu, manteve o seu assento.

Já os ecologistas do Déi Gréng perderam cerca de 7% dos votos, mas mantiveram o assento parlamentar de Tilly Metz.

Em Portugal, o PS venceu com 32,1% dos votos. Segue-se a AD com 31,1%. O Chega fica em terceiro lugar, com 9,8%. Dos 21 eurodeputados, os socialistas elegeram 8. A AD 7 e o Chega dois. Tal como o Chega, a Iniciativa Liberal também ser vai estrear no Parlamento Europeu com dois mandatos. BE e CDU elegeram um eurodeputado cada. 

Na Alemanha, a CDU/CSU conquistou 29 dos 96 assentos que o país vizinho tem no Parlamento Europeu. O AfD, partido de extrema-direita, assegurou 15 assentos, tendo sido o segundo partido mais votado.

Na França, ganhou a coligação encabeçada pelo partido do Presidente, Renaissance, com 15,2% e a União Nacional (Rassemblement National, RN na sigla francesa), de Marine le Pen, com 31,5%. Face à vitória da extrema-direita, o Presidente francês, Emmanuel Macron, convocou eleições legislativas antecipadas. "Não posso fingir que nada aconteceu", justificou Macron. Já a dirigente da União Nacional, Marine Le Pen, diz-se "pronta para governar".

Na Bélgica também venceu a extrema-direita. O primeiro-ministro belga, Alexander de Croo, demitiu-se, após o desaire do seu partido liberal nas eleições federais, regionais e europeias. Comovido, De Croo felicitou os vencedores, o partido nacionalista flamengo N-VA e o partido de extrema-direita Vlaams Belang, bem como o partido socialista flamengo Vooruit, que também obteve bons resultados.

Na Itália, o partido de extrema-direita de Giorgia Meloni vence europeias em Itália com quase 30% dos votos. Os analistas afirmam que a primeira-ministra se tornou uma das figuras mais poderosas da União Europeia.


Europeias 2024. Fernand Kartheiser diz que “ADR é contra extremismos”

Fernand Kartheiser será o primeiro representante do partido conservador ADR no Parlamento Europeu. Está entre os seis eurodeputados eleitos pelo Luxemburgo e Kartheiser irá sentar-se na bancada dos Conservadores e Reformistas Europeus (ECR), que elegeram 71 parlamentares.

Questionado pela Rádio Latina sobre o crescimento da extrema-direita nas eleições de domingo, Kartheiser disse-se contra extremismos, frisando que o ADR é um “partido conservador moderado". Oiça aqui as declarações. 

Fernand Kartheiser não escondeu a alegria com o resultado alcançado na votação, destacando o crescimento do ADR, não só face às últimas eleições europeias, como também face às legislativas do ano passado. Algo que atribui aos temas que o partido trouxe para a campanha eleitoral.


Europeias 2024. Isabel Wiseler-Lima foi a única lusófona eleita

A eurodeputada Isabel Wiseler-Lima, do Partido Cristão Social (CSV), foi a única dos 11 lusófonos, entre os 78 candidatos do Luxemburgo, a ser eleita para o Parlamento Europeu.

Wiseler-Lima consegue assim a sua reeleição, para o um segundo mandato, com 58.307 votos. Foi a segunda candidata mais votada na lista do CSV, atrás de Christophe Hansen (79.804) e a lusófona com mais votos no Grão-Ducado.

Em declarações na manhã desta segunda-feira à Rádio Latina, a eurodeputada, que também tem passaporte português, considerou que a sua reeleição foi um reconhecimento do seu trabalho. Está por isso “muito satisfeita”. Oiça aqui as declarações.

Entre os dez lusófonos que não foram eleitos, a socialista Liz Braz foi quem teve melhor resultado, com 57.611 votos. A filha do antigo vice-primeiro-ministro e ministro da Justiça Félix Braz foi a segunda mais votada da lista do LSAP, a seguir ao eleito Marc Angel (69.648).

Entre todas as do Luxemburgo na corrida às europeias, Ana Correia da Veiga foi a única lusófona a ficar em primeiro lugar, com 9.666, no déi Lénk. No mesmo partido, André Marques ficou em quarto lugar, 6.812.


Europeias 2024. Quem são os seis eurodeputados luxemburgueses?

O primeiro eurodeputado do Partido Reformista da Alternativa Democrática (ADR) é Fernand Kartheiser. Este antigo militar e diplomata tem 64 anos e é deputado no Parlamento nacional desde 2009, liderando o grupo parlamentar do ADR desde 2020. O lugar na Câmara dos Deputados vai ser ocupado pelo antigo jornalista Dan Hardy. É dos poucos políticos a nível internacional a ter revelado publicamente ter sido espião. Kartheiser disse em 2013 ter trabalhado como espião para os serviços secretos russos (KGB), norte-americanos (CIA) e luxemburgueses, no final dos anos 80.

Mas o grande vencedor das europeias de domingo foi o Partido Cristão Social (CSV), mantendo os dois assentos que vão voltar a ser ocupados por Christophe Hansen e Isabel Wiseler-Lima, a única dos 11 candidatos lusófonos eleitos. Isabel Wiseler-Lima nasceu em Portugal em 1961 e veio para o Luxemburgo com três anos. Tem dupla nacionalidade. Foi em 2005 que foi eleita pela primeira vez para o Conselho Comunal da cidade do Luxemburgo. Em 2017, foi eleita vereadora. Mas em 2019 trocou as funções no governo local da capital pelo Parlamento Europeu. Renova agora a experiência por mais cinco anos.

Christophe Hansen, de 42 anos, também do CSV, não é um ‘novato’ na política europeia, já que integrou o Parlamento Europeu em 2018. Trocou o hemiciclo de Estrasburgo após as legislativas de outubro 2023 com a eleição para a Câmara dos Deputados. A experiência no Parlamento nacional foi de pouca dura já que foi eleito no domingo para o Parlamento Europeu. Leia aqui o artigo completo. 


Grão-Duque Herdeiro encabeça missão económica ao Japão

O Luxemburgo vai organizar uma missão económica às cidades japonesas de Tóquio e Tsukuba, entre esta segunda e quarta-feira. A delegação luxemburguesa será encabeçada pelo Grão-Duque Herdeiro, Guillaume, em conjunto com os ministros dos Negócios Estrangeiros e Comércio Externo, Xavier Bettel, e da Economia, Lex Delles.

Fazem parte ainda da comitiva o diretor-geral da Câmara de Comércio, Carlo Thelen, e 60 representantes de empresas e instituições luxemburguesas. O evento visa reforçar as relações políticas e económicas entre os dois países e terá como foco as tecnologias espaciais, tecnologias digitais de saúde, cibersegurança e inteligência artificial.

O Grão-Duque Herdeiro e os ministros Xavier Bettel e Lex Delles vão ter também vários encontros políticos com o primeiro-ministro japonês e membros do seu Governo.


Acidentes. Sete feridos em menos de duas horas

Sete pessoas ficaram feridas, ontem, em quatro acidentes de viação ocorridos em menos de duas horas, segundo a CGDIS.

Em dois casos tratou-se de atropelamentos. Mas a maior parte dos feridos – quatro – resultou de uma colisão entre dos veículos na CR154, entre Syren e Alzingen.


10 Junho: Montenegro evoca "garra lusitana" que inspira "a não desistir perante adversidades"  

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, evocou hoje no Dia de Portugal "a garra lusitana" que inspira "a não desistir perante as adversidades", defendendo que o Governo está a construir um país "com ambição e esperança humanista e progressista".

Numa mensagem divulgada nas suas redes sociais, o primeiro-ministro assinala o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, que hoje se assinala, Montenegro defendeu que a celebração do Dia de "Portugal junta todos os portugueses "de norte a sul, no continente, nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, e de uma forma muito especial," toda a comunidade portuguesa que se encontra no estrangeiro espalhada pelos quatro cantos do mundo".

"Celebramos a nossa identidade, a nossa língua e o nosso poeta maior, Luís de Camões (...) Viva Portugal viva a portugalidade, viva este privilégio que é ser português", conclui o primeiro-ministro, que se juntará a partir de hoje às comemorações oficiais do 10 de junho.

Neste ano, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, decidiu assinalar o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas em três concelhos do distrito de Leiria afetados pelos incêndios de 2017: Pedrógão Grande, Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera.


Portugal faz último treino antes do particular com a Irlanda

Portugal faz hoje o último treino antes do duelo de terça-feira com a Irlanda, em Aveiro, que será o último teste antes da participação na fase final do Euro2024 de futebol, que vai decorrer na Alemanha.

O jogo em Aveiro irá marcar o regresso de Cristiano Ronaldo à seleção portuguesa, depois de ter falhado o particular com a Finlândia (4-2), em Alvalade, e com a Croácia (1-2), no Estádio Nacional.

O Portugal-Irlanda está agendado para terça-feira  as 20:45, no Estádio Municipal de Aveiro.