Wiltz. “Foram os portugueses que fizeram da peregrinação uma tradição”
Wiltz. “Foram os portugueses que fizeram da peregrinação uma tradição”
Segundo dados oficiais, a peregrinação, que acontece na Quinta-feira da Ascensão (este ano a 18 de maio), junta cerca de 20.000 fiéis, a maior parte dos quais portugueses. “As origens do santuário remontam à época da Segunda Guerra Mundial e, mais tarde, a comunidade portuguesa adotou-o”, refere o site luxembourg.lu, o portal oficial do Grão-Ducado.
Na mesma nota pode ler-se que “foi a comunidade portuguesa que fez da peregrinação uma verdadeira festa popular e uma tradição”. Em 1968, cerca de uma centena de residentes portugueses organizaram a primeira peregrinação. Eram sobretudo trabalhadores que tinham imigrado para o Luxemburgo na década de 1960, “para quem o santuário representava uma ligação ao país de origem”.
Mas não só de devoção vive a peregrinação a Wiltz. A romaria tornou-se uma verdadeira festa popular e uma ocasião para jantar familiares e amigos.
De acordo com o portal oficial do Luxemburgo, embora a maioria dos peregrinos continue a ser de origem portuguesa, o evento tende a ser cada vez mais intercultural.
A origem
A história do santuário remonta a uma fase sombria da história: a Segunda Guerra Mundial. Corria o inverno de 1944-45 e a região era palco de intensos combates. “Nesse inverno, o norte do Luxemburgo tornou-se o epicentro da última ofensiva alemã, batizada como ‘batalha das Ardenas’. Numa cave em Wiltz, um grupo de paroquianos promete erguer um santuário dedicado à Virgem Maria se o destino os poupar”, conta o site.
Escaparam ilesos e em 1951 o santuário viu a luz do dia. “Foi construído em honra de nossa Senhora de Fátima, cuja imagem foi transportada pela Europa para dar força aos fiéis”. O santuário foi inaugurado a 13 de julho de 1952.
Artigo: Diana Alves | Foto: Anouk Antony