Viragem à direita. OGBL preocupada com futuro do ‘index’
Radio Latina 12.10.2023 Do nosso arquivo online
Legislativas 2023

Viragem à direita. OGBL preocupada com futuro do ‘index’

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Viragem à direita. OGBL preocupada com futuro do ‘index’

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Viragem à direita. OGBL preocupada com futuro do ‘index’

A OGBL vai dar tempo ao tempo, mas teme que um Governo de direita ponha em causa alguns dos direitos dos trabalhadores. O ‘index’ é um deles, segundo a presidente da central sindical, escutada pela Rádio Latina.

“Foi um voto à direita que nos preocupa”. Palavras da presidente da OGBL, Nora Back, em entrevista à Rádio Latina, no rescaldo das eleições legislativas de domingo.

A líder do maior sindicato do país frisa que os programas eleitorais do CSV e do DP – partidos atualmente em negociações com vista à formação do novo Executivo – diferem muito daquilo que a OGBL defende.

A OGBL vai dar tempo ao tempo, mas alerta para um maior “risco de conflitos sociais”.

O sistema de indexação salarial é um dos direitos que, para Nora Back, pode não estar garantido. Em causa está a proposta eleitoral dos cristãos-sociais de convocar uma reunião tripartida sempre que houver mais de três parcelas por ano.

Outro assunto crucial para a OGBL diz respeito à lei sobre os contratos coletivos de trabalho. Há muito que o sindicato reivindica uma reforma da lei para que mais trabalhadores sejam abrangidos por convenções, algo que não está nos planos do cristãos-sociais e liberais, vinca Nora Back.

O tempo de trabalho é outra das preocupações da central sindical.

Razões que levam o maior sindicato do país a temer que CSV e DP levem a cabo uma política liberal na qual os interesses dos trabalhadores não serão a prioridade. “Vamos ter muitos desafios”, declara Nora Back.

OGBL lembra que milhares de trabalhadores ficaram de fora destas eleições

Embora não se identifique com as políticas dos partidos que muito provavelmente vão integrar o próximo Governo, a OGBL aceita os resultados das eleições porque se trata de um voto democrático, vinca a presidente da estrutura sindical. Porém, lembra que de milhares de trabalhadores não puderam votar porque não têm direito de voto.

As eleições legislativas de domingo ditaram o fim do ‘Governo Gâmbia’, com o Déi Gréng a afundar-se perdendo cinco deputados. O CSV foi o partido mais votado e aquele que mais assentos parlamentares manteve: 21. Sem maioria absoluta, no entanto, tudo aponta para que os cristãos-sociais se coliguem com o DP do primeiro-ministro cessante, Xavier Bettel. 

Artigo: Diana Alves Foto: Anouk Antony/Luxemburger Wort


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