ASTI não acredita em “consequências diretas para a imigração”
ASTI não acredita em “consequências diretas para a imigração”
A coligação tripartidária (DP, LASP e Déi Gréng) perdeu e o Partido Cristão Social (CSV), o LSAP e o Partido Democrático (DP) foram os partidos mais votados. Está ainda tudo em aberto, quanto às cores do futuro Governo, mas no rescaldo das eleições legislativas, a Rádio Latina ouviu o diretor político da Associação de Apoio aos Trabalhadores Imigrantes (ASTI). Sobre o provável regresso dos cristãos-sociais ao poder, Sérgio Ferreira disse esperar que o CSV “não se esqueça do seu ‘S’ e das questões sociais”.
Com base nos resultados da noite eleitoral, uma das equações possíveis seria um regresso à coligação entre CSV e DP, que governou pela última vez no início dos anos 2000. Sérgio Ferreira não acredita que uma viragem à direita traga consequências diretas para a imigração.
O responsável destaca no entanto um possível endurecimento das políticas orçamentais e em matéria de acolhimento de refugiados.
Mesmo assim, o diretor político da ASTI frisa que é ainda muito cedo e que tudo vai depender do acordo governamental que for negociado.
Questionado sobre o crescimento do partido conservador ADR – que conquistou cinco deputados, o mínimo exigido para constituir um grupo parlamentar –, Sérgio Ferreira considera-o preocupante, mas relativiza.
A ASTI comentou para a Rádio Latina os resultados da noite eleitoral, que deu a vitória ao CSV. O grande derrotado da noite foi o Déi Gréng, ao perder cinco assentos parlamentares. Um resultado que tirou também a maioria absoluta à atual coligação entre liberais, socialistas e ecologistas.
Artigo Diana Alves | Foto: Guy Jallay