Transportes. Agressões a funcionários e passageiros, mau comportamento e delitos
Radio Latina 2 min. 14.03.2023 Do nosso arquivo online
Luxemburgo

Transportes. Agressões a funcionários e passageiros, mau comportamento e delitos

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Transportes. Agressões a funcionários e passageiros, mau comportamento e delitos

Radio Latina 2 min. 14.03.2023 Do nosso arquivo online
Luxemburgo

Transportes. Agressões a funcionários e passageiros, mau comportamento e delitos

Agressões a funcionários e passageiros, comportamentos inconvenientes, delitos e vandalismo. A violência nos transportes públicos em números.

Condutores, maquinistas, fiscais. Em 2022, foram sinalizadas 237 agressões contra os trabalhadores dos transportes públicos luxemburgueses e 197 contra passageiros, segundo dados avançados à Rádio Latina pelo Ministério da Mobilidade. Em ambos os casos, os números aumentaram no ano passado, face ao ano anterior: 182 agressões contra funcionários dos transportes e 84 contra passageiros em 2021.

Excluindo os anos da pandemia, verifica-se que as agressões aos funcionários dos transportes se mantiveram relativamente estáveis. Em 2019, por exemplo, tinham sido sinalizadas 247 e 257 em 2018. Já as agressões contra outras pessoas mais do que quadruplicaram face a 2018 (44) e mais do que duplicaram em relação a 2019 (65).


Autocarros, comboios ou elétrico. O que sai mais caro ao Estado
Os transportes públicos gratuitos custam milhões de euros ao Estado. E a maior fatia do dinheiro público destinado aos transportes vai para a rede de autocarros.

O que também disparou no ano passado foi o número dos comportamentos inconvenientes dentro de autocarros, comboios e elétrico. Foram registados 599 contra 342 no ano precedente. Mas, comparando com 2018 (92) e também com 2019 (89), o número registado no ano passado foi mais de seis vezes superior.

Os dados do ministério revelam ainda que foram registados 260 delitos em 2022, mais do dobro do que em 2018 (118) e em 2019 (111). Quanto a atos de vandalismo, houve 66 em 2022, contra cerca de 40 quatro anos antes.

Números têm de ser vistos com cautela, diz ministério

O Ministério da Mobilidade sublinha, contudo, que os números têm de ser interpretados com cautela, visto que há vários fatores que poderão explicar este aumento da violência nos transportes. Um deles prende-se com o facto de agora ser mais fácil sinalizar um incidente, graças à digitalização do formulário – o Constat Incident Sûreté (CIS).

Outro dos fatores destacados diz respeito à campanha de sensibilização interna feita pelos Caminhos de Ferro (CFL) para incentivar os trabalhadores a sinalizarem eventuais incidentes.

O ministério fala também num ‘fenómeno general na sociedade’ que tem de ser tido em conta e, no que toca a comparação com os últimos anos, alerta que é preciso não esquecer que durante a pandemia houve menos gente nos transportes.

Embora, no caso das agressões contra outros passageiros ou os comportamentos inconvenientes, por exemplo, haja um claro aumento em comparação com os anos anteriores à covid-19, o ministério faz também referência a « hipóteses no seguimento do contexto pandémico » , uma das quais é o « aumento da propensão à violência », remata.

Artigo: Diana Alves | Foto: Lex Kleren


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