Luxemburgo entre os países da UE com mais férias e feriados
Radio Latina 2 min. 14.02.2023 Do nosso arquivo online
Falta de mão de obra

Luxemburgo entre os países da UE com mais férias e feriados

Falta de mão de obra

Luxemburgo entre os países da UE com mais férias e feriados

Radio Latina 2 min. 14.02.2023 Do nosso arquivo online
Falta de mão de obra

Luxemburgo entre os países da UE com mais férias e feriados

Férias, feriados, licenças, pensões. União das Empresas fala em medidas contraditórias face ao desafio da falta de mão de obra no país.

O Luxemburgo figura entre os países da União Europeia (UE) com mais dias não trabalhados, isto é, férias e feriados, de acordo com dados compilados pela União das Empresas Luxemburguesas (UEL).

Somando o número de férias e feriados, o Grão-Ducado aparece no quinto lugar da tabela, com um total de 37 dias não trabalhados: 26 de férias e 11 feriados.


A perda do voo de ‘ida’ implica anulação do voo de ‘volta’?
Se vai viajar de avião, esta notícia pode ser do seu interesse.

Espanha lidera a classificação, com 44 dias (30 de férias e 14 feriados), seguida da Estónia (39 dias: 28 dias de férias e 11 feriados), Áustria (38 dias: 25 dias de férias e 13 feriados) e Finlândia (38 dias: 24 dias de férias e 14 feriados).

No outro extremo da lista está Malta com 23 dias não trabalhados (nove de férias e 14 feriados). Já em Portugal são 35 os dias não trabalhados: 22 de férias e 13 feriados.

Vinte e cinco licenças especiais. "Consequências pesadas para empresas e economia"

Estes dados surgem num comunicado da UEL a propósito da falta de mão de obra no Luxemburgo. A união das empresas volta a alertar para o facto de, além de férias e feriados, há ainda no país uma série de 25 licenças e folgas especiais. A UEL frisa que, além disso, licenças como a de paternidade aumentaram de dois para dez dias, ao passo que a parental por exemplo, foi reformada atraindo agora muitas mais pessoas: o número de beneficiários cresceu 41% entre 2017 e 2021.


Patrões alertam para “tensão sem precedentes” no mercado de trabalho
Alerta da União das Empresas Luxemburguesas.

O organismo fala num acumular de dias não trabalhados que pode ter “consequências pesadas para as empresas e economia”.

Perante a situação, a união das empresas lembra a importância de adaptar o quadro legal de forma a tornar a organização do trabalho mais flexível e permitir às empresas gerir estas ausências.

Pessoas reformam-se cedo demais?

A generosidade do sistema de reforma tem também um papel essencial no que toca a disponibilidade de mão de obra no Luxemburgo, vinca a UEL.


Sobre-endividamento. 26% das pessoas que contactam serviço de ajuda em Esch são reformadas
Este é o terceiro de cinco artigos da série "Dívidas: compreender para resolver" que a Rádio Latina publica esta semana. Questionamos quem trabalha nesta área no Luxemburgo para saber a partir de quando é que as dívidas se tornam sobre-endividamento, quem está mais exposto e como sair dessa situação.

Muitos trabalhadores reformam-se aos 61 anos e a taxa de emprego das pessoas dos 55 aos 64 anos é de 44%, um das mais baixas na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE). E isto é algo que a UEL lamenta por considerar que é insustentável ao nível do envelhecimento natural da população e financiamento das reformas a longo prazo, mas também porque isso implica uma “perda de transmissão de saber entre gerações”.

O organismo faz ainda referência ao absentismo por questões de saúde, que, em 2022, ultrapassou as taxas registadas em 2020 e 202.

Com todas estas razões em pano de fundo, a UEL apela aos responsáveis pelo desenvolvimento socioeconómico que tornem o país o mais atrativo possível no mercado de trabalho internacional. Isto porque, dias de férias, feriados, baixas médicas e reformas originam uma redução do tempo de trabalho efetivo, alerta a entidade patronal.

Artigo: Diana Alves | Foto do sul de Itália: Unsplash