Professora na Faixa de Gaza questiona “onde estão os protetores da paz mundial?”
Radio Latina 19.10.2023 Do nosso arquivo online
Guerra Israel-Hamas

Professora na Faixa de Gaza questiona “onde estão os protetores da paz mundial?”

Palestinianos correm para se abrigar durante um ataque aéreo israelita em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, em 18 de outubro de 2023.
Guerra Israel-Hamas

Professora na Faixa de Gaza questiona “onde estão os protetores da paz mundial?”

Palestinianos correm para se abrigar durante um ataque aéreo israelita em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, em 18 de outubro de 2023.
Foto: AFP
Radio Latina 19.10.2023 Do nosso arquivo online
Guerra Israel-Hamas

Professora na Faixa de Gaza questiona “onde estão os protetores da paz mundial?”

A situação humanitária piora dia após dia na Faixa de Gaza, onde milhares de pessoas morreram e mais de dois milhões vivem em desespero e em constante medo de novos ataques por parte das forças militares israelitas.

Para além dos bombardeamentos, Israel isolou a Faixa de Gaza e tem impedindo toda a entrada de alimentos, água, medicamentos e combustível desde o ataque do movimento islamita palestiniano Hamas a 7 de outubro.

A Faixa de Gaza tem 2,3 milhões de habitantes e um deles é Nabila Kilani. Esta professora palestiniana de inglês, de 41 anos, relata para a Rádio Latina o inferno do povo da Faixa de Gaza que continua sem eletricidade, sem água potável e sem reservas alimentares.

Diz que “o mais duro é ver centenas de palestinianos morrer todos os dias”, nomeadamente no ataque recente ao hospital Al-Ahli, que Nabila acredita tenha sido “perpetrado por um avião F-16 israelita”.

O povo palestiniano sente-se abandonado pela comunidade internacional, não só desde o início destas novas agressões, mas desde 1948, ano em que os primeiros palestinianos tiveram de abandonar as suas casas para fazer espaço ao novo estado de Israel. Nabila Kilani e o povo da Faixa de Gaza aguardam pelos protetores da paz mundial. Apela à intervenção da União Europeia e da restante comunidade internacional.

Nabila Kilani pede ao povo luxemburguês e europeu para denunciar as atrocidades vividas na Faixa de Gaza e para fazer pressão sobre os políticos para que a guerra se termine o mais rapidamente possível.


Um homem palestiniano inspeciona os danos na sua casa após um bombardeamento israelita em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, em 18 de outubro de 2023, no meio de batalhas contínuas entre Israel e o Hamas.
'Comité para a Paz no Médio Oriente' pede sanções contra Israel
A Comité para a Paz Justa no Médio Oriente (Comité pour une Paix Juste au Proche-Orient - CPJPO) exige uma posição mais forte por parte do Luxemburgo, da União Europeia e dos Estados Unidos para se chegar a uma solução de desescalada do conflito entre Israel e o grupo palestiniano Hamas.

Os palestinianos deverão receber ajuda nos próximos dias. O Egito acaba de anunciar um acordo para uma passagem de ajuda humanitária para a Faixa de Gaza através do ponto de Rafah. Atualmente, centenas de camiões com ajuda estão parados à porta do enclave. 

O Hamas matou 1.400 pessoas em Israel, a maioria civis, no passado dia 7 de outubro. Desde então, Israel ainda não parou de bombardear Gaza, havendo pelo menos 3.478 mortos a lamentar. 

Artigo: Sandro dos Santos Foto: Mohammed Abed