Professora na Faixa de Gaza questiona “onde estão os protetores da paz mundial?”
Professora na Faixa de Gaza questiona “onde estão os protetores da paz mundial?”
Para além dos bombardeamentos, Israel isolou a Faixa de Gaza e tem impedindo toda a entrada de alimentos, água, medicamentos e combustível desde o ataque do movimento islamita palestiniano Hamas a 7 de outubro.
A Faixa de Gaza tem 2,3 milhões de habitantes e um deles é Nabila Kilani. Esta professora palestiniana de inglês, de 41 anos, relata para a Rádio Latina o inferno do povo da Faixa de Gaza que continua sem eletricidade, sem água potável e sem reservas alimentares.
Diz que “o mais duro é ver centenas de palestinianos morrer todos os dias”, nomeadamente no ataque recente ao hospital Al-Ahli, que Nabila acredita tenha sido “perpetrado por um avião F-16 israelita”.
O povo palestiniano sente-se abandonado pela comunidade internacional, não só desde o início destas novas agressões, mas desde 1948, ano em que os primeiros palestinianos tiveram de abandonar as suas casas para fazer espaço ao novo estado de Israel. Nabila Kilani e o povo da Faixa de Gaza aguardam pelos protetores da paz mundial. Apela à intervenção da União Europeia e da restante comunidade internacional.
Nabila Kilani pede ao povo luxemburguês e europeu para denunciar as atrocidades vividas na Faixa de Gaza e para fazer pressão sobre os políticos para que a guerra se termine o mais rapidamente possível.
Os palestinianos deverão receber ajuda nos próximos dias. O Egito acaba de anunciar um acordo para uma passagem de ajuda humanitária para a Faixa de Gaza através do ponto de Rafah. Atualmente, centenas de camiões com ajuda estão parados à porta do enclave.
O Hamas matou 1.400 pessoas em Israel, a maioria civis, no passado dia 7 de outubro. Desde então, Israel ainda não parou de bombardear Gaza, havendo pelo menos 3.478 mortos a lamentar.
Artigo: Sandro dos Santos | Foto: Mohammed Abed