Escola Internacional de Differdange-Esch tem novo edifício para alunos da primária
Escola Internacional de Differdange-Esch tem novo edifício para alunos da primária
Outra novidade é que a escola vai ter, pela primeira vez, turmas do infantil (Spillschoul), no novo edifício, que é inaugurado oficialmente esta segunda-feira pelo ministro da Educação, Claude Meisch.
Para responder à crescente procura, a Escola Internacional Differdange-Esch inaugurou este ano letivo, como anunciado, um pólo educativo em Schifflange. Ao todo, a escola teve mais 403 novas inscrições, atingindo um total de 2.150 alunos de 104 nacionalidades.
Ainda entre as nacionalidades, Elisabete da Silva Rocha revela que cerca de um quarto dos alunos da Escola de Differdange-Esch são lusófonos: 464 portugueses, 46 brasileiros e 14 cabo-verdianos. Quanto aos alunos transfronteiriços, há um total de 334, dos quais 296 provenientes da França e 37 da Bélgica. Há dois anos eram apenas 91.
Questionada sobre os alunos inscritos nas aulas de português, representam 15,7% do total de 2.150, ou seja, 338.
Outra prova do crescimento desta escola é o aumento do número de professores. Depois de a escola ter começado em 2016 com 23 docentes, este ano há um total de 218 professores. Mas a escola precisa de mais, incluindo professores de português, refere Elisabete da Silva Rocha.
Escolas internacionais públicas são alternativa para filhos de imigrantes
A escola internacional de Differdange-Esch é uma das seis escolas públicas e gratuitas do país, com o sistema de ensino europeu, além de Mondorf, Junglinster, Clervaux, Mersch e cidade do Luxemburgo.
Tem atualmente três secções linguísticas: francófona, anglófona e germanófona. A língua portuguesa é uma das línguas de opção que os alunos podem escolher, enquanto o luxemburguês é obrigatório para todos desde o pré-escolar até ao 9° ano, com duas aulas por semana.
Para os alunos que se deparam com dificuldades no sistema luxemburguês, que tem o alemão como língua de alfabetização, as escolas internacionais públicas são uma alternativa.
Segundo um estudo preliminar divulgado em julho pela Universidade do Luxemburgo, os alunos do sistema europeu têm menos atrasos e melhores resultados do que os alunos do sistema nacional. Isto porque aprendem disciplinas numa língua que dominam melhor do que o alemão.
A título de exemplo, a taxa de aprovação dos primeiros alunos finalistas na Escola Internacional de Differdange-Esh, no ano letivo 2022/2023, foi de 98,6%.
Ciente desta problemática linguística, que continua a funcionar como um filtro no sistema escolar, o ministro da Educação anunciou em junho futuras novas escolas internacionais em Dudelange e Sanem. Além disso, o Ministério da Educação tem vindo a testar projetos-pilotos de alfabetização em língua francesa nalgumas escolas.
Artigo: Henrique de Burgo | Fotos: Anouk Antony
