Déi Gréng não exclui que ‘caso Félix Braz’ tenha contribuído para a derrota
Radio Latina 2 min. 13.10.2023 Do nosso arquivo online
Legislativas 2023

Déi Gréng não exclui que ‘caso Félix Braz’ tenha contribuído para a derrota

Djuna Bernard, copresidente do Déi Gréng.
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Déi Gréng não exclui que ‘caso Félix Braz’ tenha contribuído para a derrota

Djuna Bernard, copresidente do Déi Gréng.
Radio Latina 2 min. 13.10.2023 Do nosso arquivo online
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Déi Gréng não exclui que ‘caso Félix Braz’ tenha contribuído para a derrota

O Déi Gréng prepara-se para passar para a bancada da oposição, com menos deputados e sem o estatuto de grupo parlamentar. A copresidente do partido diz que muitos fatores contribuíram para a derrota eleitoral dos ecologistas. E o 'caso Félix Braz' é um deles.

O Déi Gréng não exclui que a polémica “demissão honrosa” do antigo ministro da Justiça, Félix Braz, afastado do Governo semanas depois de ter sofrido um ataque cardíaco, seja um dos fatores que contribuíram para a pesada derrota dos Verdes nas eleições de domingo.


Félix Braz abandonado pelos políticos. Família em situação financeira precária
O antigo vice-primeiro-ministro e ministro da Justiça, Félix Braz, sentiu-se "revoltado, abandonado e posto de parte" quando percebeu como foi afastado do Governo cinco semanas após o ataque cardíaco de que foi vítima em 22 de agosto de 2019.

Questionada pela Rádio Latina, Djuna Bernard, copresidente dos ecologistas, frisou que o resultado se deve a vários fatores, admitindo que entre eles estarão certamente episódios como a “demissão honrosa” de Braz, que acabou com o ex-ministro lusodescendente a levar o caso aos tribunais - caso que perdeu e do qual recorreu aguardando ainda nova decisão -, e ainda as polémicas envolvendo Roberto Traversini e Carole Dieschbourg.

Djuna Bernard referia-se ao caso ‘casa de jardim’, no qual o antigo deputado ecologista e burgomestre de Differdange, Roberto Traversini, foi acusado de fazer obras ilegais numa zona protegida no seu terreno.  


Jusqu'ici, Carole Dieschbourg s'était refusée de répondre favorablement aux demandes de l'opposition, qui réclamait sa démission.
Ministra do Ambiente, Carole Dieschbourg, demite-se do cargo
Dieschbourg já tinha apelado à Câmara dos Deputados para levantar a sua imunidade através de uma declaração pessoal, por causa do "caso da casa do jardim".

A polémica levou a que Traversini se demitisse em setembro de 2019. Meses depois, a ministra do Ambiente, Carole Dieschbourg (Déi Gréng), acabaria também por abandonar o cargo, acusada de ter autorizado as obras no terreno de Roberto Traversini.

Mas, para Djuna Bernard, o fracasso nas eleições de domingo deve-se a "múltiplos fatores", que vão ser analisados. "Não há apenas uma causa", vinca, salientando o fenómeno europeu em torno dos partidos ecologistas.

Déi Gréng a digerir resultado "desastroso e triste"

Quatro dias depois, o Déi Gréng continua a digerir a derrota de domingo. A copresidente descreve o resultado como “desastroso”, já que coloca os ecologistas na bancada da oposição com menos deputados, sem representação do norte e do leste e sem o estatuto de grupo parlamentar. Um resultado que deixou o partido “triste” e que deu origem a um processo interno para perceber o que aconteceu e quais serão as consequências.

Djuna Bernard admite que esse será um processo longo, que terá como base um estudo da Universidade do Luxemburgo sobre o perfil dos eleitores que foram às urnas no dia 8 de outubro.

No que toca a uma eventual coligação entre o CSV e o DP, Bernard não quer julgar o futuro Governo sem antes ver o programa eleitoral que será negociado. A responsável espera no entanto que continue a haver um trabalho rumo ao progresso, e sublinha que, também graças ao empenho do Déi Gréng, o Luxemburgo é hoje um país mais sustentável.

Segundo Djuna Bernard, o Déi Gréng não tenciona, para já, fazer mexidas no seio do partido. Os líderes vão manter-se em funções até ao próximo congresso nacional dos ecologistas.

Artigo: Diana Alves Foto: Anouk Antony


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