Crise energética. Verdes querem ajuda de 1.000 euros para famílias
Radio Latina 10 min. 01.09.2022 Do nosso arquivo online
Atualidade em síntese 01 SET 2022

Crise energética. Verdes querem ajuda de 1.000 euros para famílias

Atualidade em síntese 01 SET 2022

Crise energética. Verdes querem ajuda de 1.000 euros para famílias

Radio Latina 10 min. 01.09.2022 Do nosso arquivo online
Atualidade em síntese 01 SET 2022

Crise energética. Verdes querem ajuda de 1.000 euros para famílias

É uma proposta do Déi Gréng. O partido ecologista defende a atribuição de uma ajuda de 1.000 euros às famílias para fazer face à crise energética atual. Apoio esse que deve ser disponibilizado o quanto antes, enquanto se espera um eventual acordo tripartido.

A proposta dos Verdes, partido que integra a coligação governamental com os liberais e os socialistas, visa a atribuição de uma ajuda financeira pontual de “cerca de 1.000” euros para uma fatia da população, “desde os agregados mais carenciados até às classes médias”. No entender dos ecologistas, esse auxílio deve abranger os “rendimentos de até 80.000 euros por ano, segundo o modelo do crédito fiscal de energia (crédit d’impôt énergie (CIE), em francês), com a possibilidade de uma tarifa decrescente a partir de um certo mome

A conta anual de gás de uma família de quatro pessoas poderá subir para cerca de 6 mil euros, segundo uma estimativa do fornecedor de energia Enovos.
A conta anual de gás de uma família de quatro pessoas poderá subir para cerca de 6 mil euros, segundo uma estimativa do fornecedor de energia Enovos.
(Foto: Getty Images)

O partido defende que esse apoio deve ser transferido às famílias “o mais rapidamente possível”, mesmo antes da próxima tripartida sobre a situação atual, prevista para a rentrée. Para o Déi Gréng, também as pequenas empresas devem ter direito a um apoio pontual.

Segundo o Paperjam, o partido justifica a sua proposta com o anunciado aumento brutal do preço do gás e também com o fim do desconto de 7,5 cêntimos na bomba, que terminou ontem.

Note-se que os preços do gás deverão disparar nos próximos meses. O fornecedor Enovos já confirmou um aumento substancial a partir de outubro. Ainda sobre o gás, o Déi Gréng sublinha que o aumento dos preços deverá traduzir-se numa despesa adicional de cerca de 2.400 euros por ano, por agregado. Um montante que qualifica de “substancial”, pelo que é necessário “aliviar as pessoas”.


Luxemburgo vai pôr travão ao turismo de combustível

Está assumido. O Luxemburgo vai reduzir a venda de gasolina e diesel nas estações de serviço. O ministro da Energia, Claude Turmes, refere numa resposta parlamentar ao partido ADR que essa redução de venda será "progressiva" e que "o objetivo é que, a médio prazo, menos pessoas do estrangeiro venham reabastecer no Luxemburgo, como acontece atualmente".

Segundo Claude Turmes, esta medida faz parte do plano de luta contra as alterações climáticas, que prevê que o Luxemburgo reduza as emissões de dióxido de carbono em 55% até 2030. Nesse sentido, fica descartado também o prolongamento do desconto de 7,5 cêntimos para o gasóleo e gasolina, que vigorou até ontem (31 de agosto).

Confrontado com pelo deputado do ADR sobre a fuga de clientes luxemburgueses e transfronteiriços para as estações de serviço em França (com desconto de 30 cêntimos a partir de hoje), Claude Turmes explica que a perda esperada de receitas fiscais para o Luxemburgo, em resultado dos descontos em França, seria equivalente aos custos de medidas de apoio semelhantes no Luxemburgo. Ou seja, não vai haver descontos no Luxemburgo.


Aumento do preço do gás. Sindicatos preocupados, mas não surpreendidos

Não estão surpreendidos, mas sim preocupados. Os anunciados aumentos dos preços dos gás e da eletricidade estão a preocupar os sindicados. A crise energética deverá estar no centro da próxima reunião tripartida. O próximo encontro entre centrais sindicais, patrões e Governo está marcado para 14 de setembro.

Citado pelo site da revista Paperjam, Jean-Luc De Matteis, secretário central da OGBL, mostra-se “frustrado”, lembrando que reivindica há meses medidas para compensar a subida dos preços da energia. O sindicato considera que as medidas do Governo são insuficientes e insiste, uma vez mais, que o adiamento da indexação salarial foi um erro.

Do lado da LCGB, citada também pelo Paperjam, o anúncio do aumento dos preços do gás também não foi uma surpresa. A central sindical quer agora perceber o quão significativa será a subida. Christophe Knebeler, secretário-geral adjunto da LCGB, sublinha que é necessário proteger o poder de compra de toda a população, sobretudo o dos agregados mais frágeis.


Crise energética. Governo fala ao país na sexta-feira

O Governo deverá pronunciar-se esta sexta-feira sobre a atual crise energética. O Ministério de Estado acaba de informar as redações que a reunião do Conselho de Ministros de amanhã será seguida por um briefing, transmitido em direto no site do Executivo.

Na curta nota enviada hoje às redações, o Governo adianta que o primeiro-ministro, Xavier Bettel, e o ministro da Energia, Claude Turmes, darão uma conferência de imprensa às 13h. Dada a presença do ministro da Energia, tudo aponta para que a declaração tenha que ver com a atual situação energética, marcada pelo anúncio, esta semana, do aumento dos preços do gás a partir de outubro.

O briefing poderá ser acompanhado em direto através do site do Governo. Haverá tradução em simultâneo para francês e para língua gestual.


Escola de Verão. Alemão e matemática são as disciplinas mais procuradas

Alemão e matemática são as disciplinas mais procuradas na terceira edição da Escola de Verão, que arrancou a 29 de agosto e termina a 9 de setembro. É uma iniciativa do Ministério da Educação que permite aos alunos frequentar aulas de revisão da matéria durante as ‘férias grandes’.

Há 5.650 alunos inscritos, sendo que a maioria é do ensino fundamental. Apesar do número, a participação está bastante aquém dos mais de 7.200 inscritos no ano passado. Uma quebra que, segundo o ministério, se explica pelo aumento das viagens para o estrangeiro, após dois anos de pandemia.

Mesmo assim, o ministério de Claude Meisch considera que a Summerchool “encontrou o seu lugar na paisagem escolar”, tratando-se de uma ferramenta “suplementar de redução das desigualdades sociais dos alunos”.


Arcebispo do Luxemburgo acolheu refugiados ucranianos

O cardeal e arcebispo do Luxemburgo, Jean-Claude Hollerich, também acolheu refugiados de guerra da Ucrânia. A revelação foi feita numa recente entrevista publicada pelo Vatican News.

O chefe da igreja católica do Luxemburgo disse que acolheu "uma família de três membros", à semelhança de "muitos fiéis no Luxemburgo, que acolheram e continuam a acolher refugiados da Ucrânia nas suas casas".

Na entrevista, o cardeal criticou ainda a diferença de tratamento dado aos refugiados ucranianos, quando comparado com o acolhimento em relação aos sírios e outros refugiados. Disse que "não está certo", explicando, entretanto, que não se trata de dar menos aos ucranianos, mas dar mais aos outros. Para Jean-Claude Hollerich, este contexto de crise é uma oportunidade para as Igrejas do continente europeu abandonarem os "nacionalismos" e fechamentos e passarem a "caminhar juntas".


Mais de 380 pessoas foram vacinadas contra a varíola dos macacos

O Luxemburgo já vacinou 384 pessoas contra a varíola dos macacos, também conhecido como Monkeypox, desde que a campanha vacinal arrancou, a 16 de agosto.

O número foi avançado por Paulette Lenert, numa resposta parlamentar ao partido Déi Gréng.

Paulette Lenert reafirma ainda que o Luxemburgo tem um stock de 1.400 doses da vacina Jynneos e 200 doses de vacina Imvanex.


Confiança dos consumidores regista novo recuo em agosto

O indicador de confiança dos consumidores estabelecido pelo Banco Central do Luxemburgo recuou novamente no mês de agosto. O índice de confiança desceu para -26 pontos este mês, quando em julho registava -23.

A perceção sobre a situação económica geral no Luxemburgo foi o único componente do indicador a registar uma recuperação em agosto, ainda que ligeira (de -42 para -41), enquanto a perceção sobre a situação financeira das famílias nos próximos 12 meses mantém-se estável (-17).

Já os dois restantes componentes revelam um recuo acentuado, tanto a situação financeira dos últimos 12 meses como (de -15 para -20) as intenções sobre compras importantes (-18 para -27).


Taxa de inflação. Luxemburgo com a quarta menor subida de preços na zona euro

A taxa de inflação anual na zona euro terá atingido os 9,1% no mês de agosto. Segundo as estimativas divulgadas pelo gabinete europeu de estatística, Eurostat, trata-se de um aumento em relação aos 8,9% registados em julho.

A subida dos preços de energia (+38,3%) continua a ser a principal razão do aumento da taxa de inflação.

Quanto aos países, o Luxemburgo deverá atingir uma taxa anual de 8,6%, sendo o quarto Estado com a menor subida de preços.


Bélgica regista primeira morte por varíola dos macacos

A Bélgica registou, esta semana, a primeira morte de um paciente que sofria de varíola dos macacos.

Segundo as autoridades belgas, a 29 de agosto, o país de 11,5 milhões de habitantes tinha "706 casos confirmados de varíola dos macacos".

A epidemia afeta principalmente a comunidade de homens que têm relações com outros homens e a maioria das transmissões ocorre durante as relações sexuais.

De acordo com o painel de controlo dos casos confirmados da Organização Mundial de Saúde, a 31 de agosto havia 50.496 casos e 16 mortes em 101 países.


Robô conseguiu produzir oxigénio respirável em Marte

O robô norte-americano Perseverance, que está em Marte há ano e meio, conseguiu produzir oxigénio respirável a partir de dióxido de carbono, numa experiência que perspetiva a possível sobrevivência humana no planeta inóspito.

Segundo a revista científica Science Advances, o robô produziu por sete vezes oxigénio numa quantidade por hora equivalente à gerada por uma árvore pequena na Terra.

A produção de oxigénio respirável foi possível durante o dia e a noite e durante as várias estações marcianas.

Antes de uma missão humana, os cientistas esperam enviar até Marte uma versão melhorada e maior do aparelho, para produzir de forma contínua oxigénio equivalente à gerada por várias centenas de árvores.

Os Estados Unidos ambicionam levar astronautas a Marte na década de 2030.


TAP diz ter medidas de contenção após alegações de roubo de dados por grupo organizado

A TAP reafirmou que está a tomar medidas de contenção para garantir a segurança da empresa e dos clientes após a divulgação de alegações de roubo de dados por um grupo organizado de crime informático.

Num comunicado divulgado ontem, a companhia aérea portuguesa declarou que “foi vítima de um ciberataque, ato prontamente comunicado às autoridades competentes”.

A TAP foi alvo de um ciberataque na noite da quinta-feira passada, mas transportadora aérea referiu que a segurança dos voos estava garantida e que não foi possível concluir se houve acesso indevido aos dados dos clientes.


Pilotos da Lufthansa em greve na sexta-feira

Os pilotos da companhia aérea alemã Lufthansa vão fazer uma greve na sexta-feira, convocada pelo sindicato Vereinigung Cockpit, após o fracasso das negociações dos acordos coletivos.

A greve vai afetar o transporte de passageiros da Lufthansa e da sua subsidiária de carga.

O sindicato exige um aumento salarial de 5,5% para este ano e uma compensação automática pela inflação a partir de 2023, para os mais de 5.000 pilotos da companhia aérea e da sua subsidiária de carga.


Inspetores nucleares chegam a Zaporizhia em missão de alto risco

A visita dos inspetores da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) à central nuclear de Zaporizhia começou esta quinta-feira. A missão é considerada de alto risco, com a Ucrânia a culpar o exército russo por bombardear a área e Moscovo a acusar Kiev de enviar uma equipa de "sabotadores".

O chefe da agência, Rafael Grossi, que lidera uma equipa de 14 peritos, disse hoje que a missão à central ocupada pelas forças russas é para manter apesar da violência latente. O organismo da ONU diz que quer estabelecer uma presença "permanente" na central no sudeste da Ucrânia para evitar um possível desastre nuclear.

Textos: Redação Latina | Lusa |Foto: Getty Images/iStockphoto

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