Conselho Nacional de Estrangeiros tem os dias contados
Radio Latina 2 min. 27.04.2023 Do nosso arquivo online

Conselho Nacional de Estrangeiros tem os dias contados

Conselho Nacional de Estrangeiros tem os dias contados

Radio Latina 2 min. 27.04.2023 Do nosso arquivo online

Conselho Nacional de Estrangeiros tem os dias contados

O CNE e as comissões consultivas de integração vão acabar.

O Conselho Nacional de Estrangeiros (CNE) vai ser extinto. Será substituído pelo Conselho Superior para a Convivência Intercultural

A informação foi revelada à Rádio Latina pelo Ministério da Família e Integração, antes da mesa redonda que vai debater, esta quinta-feira, o novo projeto de lei sobre a convivência intercultural.

“O CNE será substituído pelo Conselho Superior para a Convivência Intercultural e, por conseguinte, deixará de existir na sua forma atual quando a nova lei for aprovada”, disse à Rádio Latina, Anne Daems, responsável de comunicação do ministério.


Quatro portugueses na Representação Nacional de Pais de Alunos
Insucesso escolar, alfabetização, integração, violência e suicídio são alguns dos temas prioritários da nova direção para os próximos três anos.

Este órgão consultivo do Governo para as questões de integração dos cidadãos estrangeiros foi criado há 30 anos, em 1993. No início de 2023 estava previsto novas eleições, mas a ministra da tutela, Corinne Cahen anunciou que a atual direção do CNE vai continuar por mais dois anos (perfazendo um total de sete anos de mandato), até a nova lei entrar em vigor.

O futuro Conselho Superior para a Convivência Intercultural “não prevê a nomeação de membros que representem populações específicas, como pessoas de diferentes nacionalidades, trabalhadores transfronteiriços, pessoas com deficiência, jovens ou idosos”, esclarece ainda Anne Daems.

Pelo contrário, vai representar “todas as pessoas que vivem ou trabalham no Luxemburgo” e será composto por 30 membros: 14 nomeados pelo ministro (seis representantes do Estado, seis das associações e dois do sindicado das comunas, SYVICOL) e 16 eleitos pelas comissões comunais de convivência intercultural.

Quer isto dizer que as atuais comissões comunais consultivas de integração vão também acabar. Segundo Anne Daems, serão “substituídas pelas novas comissões comunais de convivência intercultural”, que passarão a incluir também trabalhadores transfronteiriços que exercem atividade na autarquia em causa.

A futura "lei da convivência intercultural" em debate

A Plataforma de Imigração e Integração do Luxemburgo (PiiLux) e a autarquia da cidade do Luxemburgo organizam uma mesa-redonda sobre o novo modelo de acolhimento e integração no Luxemburgo.

O evento vai ter lugar esta quinta-feira (27h), às 19h, no Centre Culturel da Gare (29, rue de Strasbourg), na capital.


Kateryna Podliesna, uma das refugiadas ucranianas, e o chefe Ryôdô Kajiwara, do restaurante japonês de alta-cozinha Ryôdô, em Hollerich.
Há um ano fugiam da guerra. Agora são chefes num restaurante Michelin
Há um ano, Iryna Kulakova e Kateryna Podliesna decidiam abandonar a capital ucraniana, depois de o país ter sido invadido pela Rússia. Hoje são chefes pasteleiras num dos restaurantes de renome do Luxemburgo.

Entre os oradores convidados estarão a ministra da Família e Integração, Corinne Cahen, o vereador da capital responsável pela integração, Maurice Bauer, o diretor político da ASTI, Sérgio Ferreira, e o antigo vice-presidente Conselho Nacional de Estrangeiros, Mário Lobo.

A mesa-redonda vai abordar o novo projeto de lei sobre a convivência intercultural. Uma das medidas que o novo texto prevê, será a criação de um Conselho Superior para a Convivência Intercultural, que deverá substituir o atual comité interministerial para a integração e o Conselho Nacional para os Estrangeiros.

Artigo: Henrique de Burgo Foto: Shutterstock


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