Bullying/Wilwerwiltz. Novas regras no autocarro. Pais continuam preocupados
Bullying/Wilwerwiltz. Novas regras no autocarro. Pais continuam preocupados
O autocarro que leva as crianças de Wiltz à escola fundamental Schoulkauz, em Wilwerwiltz, tem novas regras. As crianças envolvidas no caso de bullying que a Rádio Latina noticiou na semana passada têm agora lugares fixos no transporte.
De acordo com a mãe do menino português de 10 anos, que, segundo os pais, é vítima de bullying desde janeiro de 2021, a informação foi dada à criança na sexta-feira por uma professora da escola. Os pais não foram informados pelo estabelecimento de ensino. Ficaram a saber pelo filho.
Ao que tudo indica, o principal agressor, de 12 anos, e o seu irmão mais novo, de nove, passam a ter de ir sentados nos bancos da frente, perto do condutor, ao passo que o menino português e o irmão mais novo, que frequenta a mesma escola, têm de se sentar nos lugares traseiros. Não se podem aproximar dentro do autocarro”, adiantou à rádio a mãe das crianças portuguesas, Cláudia Reis. “Agora nas instalações da escola, não sei”, acrescentou.
A redação da Rádio Latina questionou entretanto a escola sobre se esta foi uma medida tomada pelo estabelecimento de ensino ou pela comuna, responsável pela linha de autocarro. Aguardamos resposta.
Questionada sobre se a medida tranquilizou a família, Cláudia não esconde a preocupação. “A partir do momento em que soubemos que foi encontrada uma faca na mochila [do principal agressor], não estamos tranquilos em momento algum”, avançou à Rádio Latina Cláudia Reis por escrito. O episódio da faca foi contado a Cláudia pela mãe do principal agressor.
A Rádio Latina divulgou na semana passada o testemunho de uma mãe portuguesa, residente em Wiltz, que nos contou o caso de bullying de que um dos seus filhos tem sido vítima, na escola e no transporte escolar. Agressões físicas e verbais que terão deixado o menino numa situação de stress com medo de entrar no autocarro. Choros frequentes, noites mal dormidas e dores de barriga levaram o pediatra da criança a prescrever-lhe duas semanas de baixa médica no ano letivo passado. Em março passado, a família apresentou queixa na polícia.
Diana Alves