Bullying/Wilwerwiltz. Ministério diz que escola cumpriu o seu papel
Radio Latina 2 min. 17.10.2022 Do nosso arquivo online
Luxemburgo

Bullying/Wilwerwiltz. Ministério diz que escola cumpriu o seu papel

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Bullying/Wilwerwiltz. Ministério diz que escola cumpriu o seu papel

Foto: Marc Wilwert
Radio Latina 2 min. 17.10.2022 Do nosso arquivo online
Luxemburgo

Bullying/Wilwerwiltz. Ministério diz que escola cumpriu o seu papel

Em entrevista à Rádio Latina, Alex Folscheid, do gabinete do ministro da Educação, esclarece que a escola não é responsável pelo transporte escolar.

O Ministério da Educação garante que a Escola Fundamental Schoulkauz, em Wilwerwiltz, agiu face às queixas de bullying contra um menino de 10 anos, um caso que a Rádio Latina divulgou na semana passada.

Após dois e-mails enviados à escola e outros tantos trocados com a Direção Regional do Ensino da Região de Wiltz – nos quais nos foi dito apenas que o caso estava a ser seguido –, chegam agora explicações do gabinete do ministro Claude Meisch. Alex Folscheid, conselheiro do Governo na área da educação, garante que a escola cumpriu o seu papel.

Sobre a forma de agir nestas situações, o responsável diz que, além do professor, cada estabelecimento tem um docente de educação especial, que pode ser consultado em casos de bullying, e cada região tem uma equipa de apoio, composta por educadores e psicólogos. Folscheid frisa, no entanto, que o acompanhamento terapêutico ultrapassa as competências da escola. Nestes casos, as famílias podem ser orientadas para outros serviços através, por exemplo, do Gabinete Nacional da Infância.

No caso de Wilwerwiltz, Alex Folscheid garante que a escola forneceu ao aluno o acompanhamento educativo necessário, propondo também à família que recorresse a um psicólogo do Gabiente Nacional da Infância.

A mãe do menino nega que alguma vez essa possibilidade lhes tenha sido apresentada. Sentindo-se desamparada, a família acabou por pagar um psicólogo do próprio bolso.


Mães denunciam situações de bullying e inércia das escolas
Roupas e cabelos cortados à tesoura, murros nos olhos, consultas em psicólogos e neurologistas e traumas que duram anos. Casos de bullying relatados por várias mães no Luxemburgo.

De acordo com os vários testemunhos que nos têm chegado desde a divulgação deste testemunho, os pais afirmam sentir-se perdidos e abandonados quando confrontados com uma situação de bullying nas escolas luxemburguesas. O Ministério da Educação diz ter as competências e mecanismos necessários para lidar com o problema, mas Folscheid admite que é fácil “perder-se na oferta”.

Escola não é responsável pelo transporte escolar

Cláudia Reis, a mãe do menino de 10 anos que a Rádio Latina ouviu, queixa-se da falta de ação por parte das autoridades para parar o bullying de que a criança tem sido alvo na escola e no transporte escolar. Episódios que fizeram com que, a determinada altura, o menino se recusasse a entrar no autocarro.

Sobre o transporte escolar, Alex Folscheid é claro: trata-se de uma responsabilidade da comuna.

O conselheiro do Governo em matéria de educação apela aos pais para que, em casos de bullying, entrem em contacto com os professores, sublinhando que a escola pode orientá-los, se necessário, para psicoterapeutas ou para as instâncias judiciárias. “A partir do momento em que há violência e ferimentos, a instância a que devem dirigir-se é a polícia”, adianta.

Diana Alves

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