Uni.lu está a estudar a solidão, um fator de risco de morte prematura
Radio Latina 06.02.2024

Uni.lu está a estudar a solidão, um fator de risco de morte prematura

Foto ilustrativa

Uni.lu está a estudar a solidão, um fator de risco de morte prematura

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Radio Latina 06.02.2024

Uni.lu está a estudar a solidão, um fator de risco de morte prematura

A Universidade do Luxemburgo quer perceber porque é que a solidão afeta a saúde, para encontrar formas de lutar contra o problema. Os investigadores sublinham: solidão e isolamento são coisas diferentes.

As pessoas que se sentem sós têm um risco acrescido de 26% de morrerem prematuramente. Esta é uma constatação de uma vasta meta-análise de 70 estudos internacionais, mencionada pela Universidade do Luxemburgo que está a investigar a solidão no país.

O objetivo dos investigadores luxemburgueses é compreender porque é que a solidão tem efeitos nefastos na saúde, para depois tentarem melhorar os dispositivos de luta contra o fenómeno. Estão a fazê-lo através de jogos em que os participantes são confrontados com situações de exclusão social. Depois, as reações são analisadas.

‘Solidão’ e ‘isolamento’ não são a mesma coisa

Num artigo divulgado no seu site, a propósito do estudo, os investigadores vincam que a ideia de que a solidão é um fenómeno que afeta os idosos está ultrapassada. Estudos realizados na França ou Alemanha mostraram “taxas alarmantes de solidão”, por vezes de 50%, entre pessoas com menos de 30 anos.

A universidade frisa que as novas gerações são as que estão mais expostas ao flagelo, chamando a atenção para a comunicação através de plataformas digitais ou redes sociais. Algo que “pode tornar-se problemático se o digital substituir interações em pessoa”.

Os investigadores alertam também que “a solidão não deve ser confundida como o isolamento ou com o facto de se estar sozinho”. “A solidão é definida como a ausência de relações de que uma pessoa precisa ou deseja”, referem. “Os psicólogos identificam a solidão a nível emocional (falta de uma pessoa com quem partilhamos a intimidade), a nível social (falta de pertença a grupo) e a nível coletivo (falta de pertença a uma comunidade mais vasta)”, concluem.

O estudo da Universidade do Luxemburgo está a ser feito pelos investigadores Annika Lutz e Julie Ortmann. A data de publicação não é conhecida.

Artigo: Diana Alves | Foto: Pixabay


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