Turquia. “As pessoas não têm nada. É duro ver isto”, diz bombeiro luxemburguês
Radio Latina 15.02.2023 Do nosso arquivo online
Sismo

Turquia. “As pessoas não têm nada. É duro ver isto”, diz bombeiro luxemburguês

Sismo

Turquia. “As pessoas não têm nada. É duro ver isto”, diz bombeiro luxemburguês

Radio Latina 15.02.2023 Do nosso arquivo online
Sismo

Turquia. “As pessoas não têm nada. É duro ver isto”, diz bombeiro luxemburguês

Elementos da equipa luxemburguesa de intervenção na Turquia descrevem um cenário de absoluta destruição. “Quem não está aqui não consegue imaginar o que se passa”, conta um deles.

Dois dos luxemburgueses que estão na Turquia no âmbito da operação de intervenção humanitária por causa dos violentos sismos que sacudiram o sul do país e o norte da Síria falaram esta manhã aos jornalistas por videoconferência.

Joé Beckius e Alain Lang, da equipa de intervenção humanitária da Corporação Grã-Ducal de Incêndio e Socorro (CGDIS) estão em Hatay, no sul da Turquia. Questionado pela Rádio Latina sobre aquilo que mais o chocou desde que chegou ao local, Joé Beckius falou na imensa destruição que deixou sobreviventes sem absolutamente nada.

Alain Lang diz que a cada passo se veem objetos pessoais entre as ruínas. A lembrança constante das vítimas dos sismos.

Esta não é a primeira experiência de Alain Lang em países atingidos por catástrofes naturais. Em 2021, foi destacado para o Haiti. Hoje, em declarações aos jornalistas, disse que a situação na Turquia é incomparável. "Nunca vivi algo assim. Já estive no Haiti, 2021, após o terramoto. E não há comparação. No Haiti, ainda havia algumas infraestruturas. Lá, os danos eram graves, mas não são comparáveis com o que aqui se vê. Nós estamos a viver do que trouxemos, dos nossos aprovisionamentos. Tentámos encontrar comércios e não há nenhum aberto. Há talvez uma ou duas bombas de gasolina a funcionar nas redondezas. Mas já não há alimentos. Quem não está aqui não consegue imaginar o que aqui se passa", relatou.

Sobre as necessidades no terreno, fraldas, sacos-cama, roupa e tendas são alguns dos artigos mais urgentes, que testemunham uma situação sanitária extremamente difícil.

Alain Lang, de mochila às costas, ao lado da ministra do Interior, Taina Bofferding, no aeroporto, na hora da partida para a zona sísmica da Turquia. (Foto CGDIS)
Alain Lang, de mochila às costas, ao lado da ministra do Interior, Taina Bofferding, no aeroporto, na hora da partida para a zona sísmica da Turquia. (Foto CGDIS)

Para já, o Luxemburgo está a ajudar sobretudo em matéria de comunicações. De acordo com a CGDIS, o país deverá também contribuir com material médico, algo que está a ser analisado pelo Ministério da Saúde.

Artigo: Diana Alves | Foto: AFP