Taxa de pessoas que querem trabalhar menos horas volta a aumentar
Radio Latina 2 min. 28.10.2022 Do nosso arquivo online
Luxemburgo

Taxa de pessoas que querem trabalhar menos horas volta a aumentar

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Taxa de pessoas que querem trabalhar menos horas volta a aumentar

Foto: Marc Wilwert
Radio Latina 2 min. 28.10.2022 Do nosso arquivo online
Luxemburgo

Taxa de pessoas que querem trabalhar menos horas volta a aumentar

A Câmara dos Assalariados revelou hoje à Rádio Latina uma das conclusões do estudo que será divulgado em novembro.

A Câmara dos Assalariados divulgou hoje à Rádio Latina que a taxa de pessoas que querem trabalhar menos horas, mas com a manutenção do salário, voltou a aumentar. Esta é uma das conclusões de um novo estudo, que deverá ser tornado público em novembro.

Embora o relatório não esteja ainda concluído, David Büchel, psicólogo da Câmara dos Assalariados, revelou à Rádio Latina que a percentagem de pessoas que querem trabalhar menos horas passou de 48%, em 2021, para 56%, em 2022. Trata-se, neste caso, apenas dos trabalhadores com contratos a tempo inteiro. A taxa tem vindo a crescer nos últimos anos. Em 2018, era de apenas 36%.

Segundo David Büchel, as pessoas “querem trabalhar de outra forma”. “De uma forma geral, confirma-se a tendência de que as pessoas querem passar menos tempo no trabalho”, diz, acrescentando que “há um problema que se mantém: o desequilíbrio entre vida pessoal e profissional”.

Trabalhadores a favor, patrões contra

Se, por um lado, os trabalhadores estão cada vez mais interessados em dedicar menos tempo ao emprego; por outro, os patrões não concordam com a redução generalizada do tempo de trabalho. Esta semana, em declarações à Rádio Latina, o diretor da União das Empresas Luxemburguesas (UEL), Jean-Paul Olinger, alertou que a redução do tempo de trabalho, associada à falta de mão de obra no país, só fará com que os trabalhadores tenham ainda mais trabalho e fiquem sob pressão.

David Büchel vê as coisas de outra forma: se essa pressão se confirmar, isso também não será benéfico para as empresas porque levará a um aumento do absentismo laboral.

As conclusões da Câmara dos Assalariados surgem numa altura em que o tema continua na ribalta. Enquanto se aguardam os resultados de um outro estudo, encomendado pelo Governo, a redução do tempo de trabalho deverá ser debatida no Parlamento no seguimento de uma petição pública que pedia semanas de 35 horas de trabalho e que foi assinada por mais de 4.500 pessoas. Neste momento, uma outra iniciativa sobre o assunto, que também reivindica uma redução do número de horas de trabalho semanais pode ser assinada no site do Parlamento.

O estudo da Câmara dos Assalariados, que está a ser realizado pela Universidade do Luxemburgo, sondou mais de 2.600 pessoas. Deverá ser divulgado no mês de novembro. Já o relatório anual “Quality of Work Index” é esperado em janeiro.

Diana Alves