“Quanto mais flexível se é, mais se trabalha”
“Quanto mais flexível se é, mais se trabalha”
A Câmara dos Assalariados do Luxemburgo (CSL, na sigla em francês) é favorável a uma redução do tempo de trabalho. Mas com a manutenção do salário.
Com o ressurgimento do tema no Luxemburgo, várias organizações patronais já se mostraram contra a medida, defendendo, antes, uma flexibilização do horário laboral.
Mas, para David Büchel, psicólogo na Câmara dos Assalariados, o cálculo é muito simples: quanto mais flexível se é, mais se trabalha.
Esta é uma das conclusões da última edição do inquérito Quality of Work Index, referente a 2021, e que vem corroborar a posição da CSL sobre a diminuição do horário laboral semanal.
Quanto ao argumento dos patrões, que defendem a flexibilização dos horários para fazer face à falta de mão de obra, o psicólogo da Câmara dos Assalariados diz que mais vale tornar o trabalho mais atrativo. Büchel sublinha que a flexibilização dos horários, tal como defendem as organizações patronais, pode ser contraproducente. Até porque, trabalhar muitas horas tem repercussões na saúde. E um empregado doente é um empregado que falta ao trabalho.
Sobre o modelo que o Luxemburgo deveria adotar, o organismo tenciona primeiro fazer um estudo aprofundado sobre o assunto, focado no bem-estar dos trabalhadores. Os resultados serão publicados no outono.
Note-se que uma petição pública, lançada na semana passada, reivindica semanas de trabalho de 35 horas. Cerca de duas mil pessoas já assinaram o documento.
