“Quanto mais flexível se é, mais se trabalha”
Radio Latina 21.06.2022 Do nosso arquivo online

“Quanto mais flexível se é, mais se trabalha”

“Quanto mais flexível se é, mais se trabalha”

Foto: Gerry Huberty
Radio Latina 21.06.2022 Do nosso arquivo online

“Quanto mais flexível se é, mais se trabalha”

Menos horas de trabalho, mas mesmo salário.

A Câmara dos Assalariados do Luxemburgo (CSL, na sigla em francês) é favorável a uma redução do tempo de trabalho. Mas com a manutenção do salário.

Com o ressurgimento do tema no Luxemburgo, várias organizações patronais já se mostraram contra a medida, defendendo, antes, uma flexibilização do horário laboral.

Mas, para David Büchel, psicólogo na Câmara dos Assalariados, o cálculo é muito simples: quanto mais flexível se é, mais se trabalha.

Esta é uma das conclusões da última edição do inquérito Quality of Work Index, referente a 2021, e que vem corroborar a posição da CSL sobre a diminuição do horário laboral semanal.

Quanto ao argumento dos patrões, que defendem a flexibilização dos horários para fazer face à falta de mão de obra, o psicólogo da Câmara dos Assalariados diz que mais vale tornar o trabalho mais atrativo. Büchel sublinha que a flexibilização dos horários, tal como defendem as organizações patronais, pode ser contraproducente. Até porque, trabalhar muitas horas tem repercussões na saúde. E um empregado doente é um empregado que falta ao trabalho.

Sobre o modelo que o Luxemburgo deveria adotar, o organismo tenciona primeiro fazer um estudo aprofundado sobre o assunto, focado no bem-estar dos trabalhadores. Os resultados serão publicados no outono.

Note-se que uma petição pública, lançada na semana passada, reivindica semanas de trabalho de 35 horas. Cerca de duas mil pessoas já assinaram o documento.