Procuram-se avós portuguesas de Esch-sur-Alzette
Radio Latina 24.04.2024

Procuram-se avós portuguesas de Esch-sur-Alzette

Procuram-se avós portuguesas de Esch-sur-Alzette

Radio Latina 24.04.2024

Procuram-se avós portuguesas de Esch-sur-Alzette

A Universidade do Luxemburgo quer ouvir avós lusófonas que tenham passado por Esch. O projeto chama-se “Lovó – Pelo amor das avós portuguesas”.

Têm de ser avós, falar português e viver ou ter vivido em Esch-sur-Alzette. O Centro da História Contemporânea e Digital no Luxemburgo (C2DH, na sigla em francês), da Universidade do Luxemburgo, quer entrevistar avós portuguesas no âmbito de um projeto de história e artes, cujos resultados serão apresentados ao público em setembro, através de instalações artísticas na Bienal Cultural de Esch.

Myriam Dalal, uma das responsáveis pelo projeto “Lovó – Pelo amor das avós portuguesas”, é investigadora na Universidade do Luxemburgo e estuda a história pública da cidade de Esch. Escutada pela Rádio Latina, explicou o objetivo deste projeto: abordar a questão do “sentir-se em casa” quando se emigra. Como é que os migrantes fazem de Esch-Aur-Alzette a sua nova casa? O que muda?

E de uma coisas os investigadores têm a certeza: são as avós quem possui estas memórias, que a universidade quer agora registar para que possamos todos aprender sobre o passado. São elas o elo de ligação entre a esfera privada e a pública, entre a casa e a cidade. São também elas as responsáveis pela transmissão da cultura, da gastronomia ou do folclore entre gerações, explica a investigadora.

Os resultados das entrevistas serão expostos ao público na última semana de setembro, no âmbito da Bienal Cultural de Esch, através de instalações artísticas concebidas em conjunto com as avós.

Para realizar o projeto, a Universidade do Luxemburgo lança um apelo às interessadas: independentemente da idade ou de quando chegaram ao Luxemburgo, têm de ser avós, isto é, têm de ter  transmitido os seus conhecimentos a outras gerações. Têm também de falar português e viver ou ter vivido em Esch-sur-Alzette. As interessadas devem contactar a universidade através do e-mail phacs@uni.lu.

Artigo: Diana Alves | Foto: Pixabay