Portuguesa propõe curso de primeiros socorros obrigatório nas escolas
Radio Latina 2 20.10.2023 Do nosso arquivo online
De que servem os mais de 600 desfibrilhadores espalhados pelo país se não há quem os saiba usar?

Portuguesa propõe curso de primeiros socorros obrigatório nas escolas

Um dos desfibrilhadores da cidade de Esch-sur-Alzette.
De que servem os mais de 600 desfibrilhadores espalhados pelo país se não há quem os saiba usar?

Portuguesa propõe curso de primeiros socorros obrigatório nas escolas

Um dos desfibrilhadores da cidade de Esch-sur-Alzette.
Radio Latina 2 20.10.2023 Do nosso arquivo online
De que servem os mais de 600 desfibrilhadores espalhados pelo país se não há quem os saiba usar?

Portuguesa propõe curso de primeiros socorros obrigatório nas escolas

Um dos objetivos de Natalie da Silva é ajudar as vítimas de ataques cardíacos a sobreviver. A enfermeira diz que não serve de nada ter mais de 600 desfibrilhadores no país se não houver pessoas que os saibam usar.

Uma nova petição pública defende a introdução de um curso de primeiros socorros obrigatório no ensino secundário. A iniciativa é de Natalie da Silva, uma jovem luso-luxemburguesa de 25 anos, cujo objetivo é dar aos “adultos de amanhã os recursos necessários para agirem com confiança e em segurança em diversas situações”.

Natalie da Silva estudou enfermagem e está agora a concluir o segundo ano de uma especialização para assistente no bloco operatório. Contactada pela Rádio Latina, a portuguesa explicou que a ideia de lançar a petição surgiu após o trabalho final de curso, focado numa “abordagem para diminuir a taxa de mortalidade após um ataque cardíaco”.

A autora considera que um curso de primeiros socorros obrigatório seria útil para lidar com outras situações “inesperadas” como traumatismos ou acidentes de viação. Situações em que qualquer pessoa poderá ver-se confrontada. Natalie da Silva frisa que “é nosso dever ajudar o próximo dentro da medida das nossas capacidades, capacidades que podem ser expandidas através de um curso de primeiros socorros no programa curricular do ensino secundário”.

A peticionária salienta também que saber fazer simples gestos, como por exemplo reanimação cardiopulmonar, aumenta as probabilidades de sobrevivência, acrescentando que muitas pessoas sofrem este tipo de problema fora do meio hospitalar.


Desfibrilhadores públicos são pouco utilizados no Luxemburgo
Há pelo menos uma pessoa vítima de um ataque cardíaco por dia no Luxemburgo.

“Há cerca de vinte anos que o ataque cardíaco é a principal causa de morte entre as mulheres e a segunda entre os homens no Luxemburgo”, alerta, acrescentando que não serve de nada o país dispor de mais de 600 desfibrilhadores se ninguém sabe usá-los.

A petição de Natalie Silva está disponível no site petitions.lu. Conta já com mais de 380 assinaturas. Se chegar às 4.500, nas próximas semanas, o tema será debatido no Parlamento.

Artigo: Diana Alves Foto: Cidade de Esch-sur-Alzette e Guy Jallay