Contraceção definitiva importante para quem não quer ter (mais) filhos
Contraceção definitiva importante para quem não quer ter (mais) filhos
Foi uma surpresa, mas uma surpresa boa. O Planeamento Familiar (PF) não estava à espera que o Governo voltasse atrás na decisão de não comparticipar a esterilização como método contracetivo. Mas os ministros da Segurança Social e da Saúde revelaram esta semana que tanto a vasectomia, como a laqueação das trompas serão incluídas no acordo que está a ser negociado com a Caixa Nacional de Saúde (CNS), sem que seja necessário haver indicação médica. A convenção deverá entrar em vigor no início de 2023.
Há anos que esta era uma reivindicação do Planeamento Familiar. Escutada pela Rádio Latina, a presidente do organismo, Ainhoa Achutegui não escondeu a satisfação.
Para a responsável, o Executivo está a fazer aquilo que “a sociedade necessita”, visto que a vasectomia e a laqueação das trompas são procedimentos muito caros.
A contraceção definitiva é, para muitos, a opção preferida. É o caso de pessoas que não tencionam ter (mais) filhos, por exemplo.
A comparticipação dos métodos contracetivos deverá entrar em vigor no início de 2023. Além da esterilização, métodos como pílula, dispositivo intrauterino (DIU), diafragma, preservativos masculinos e femininos passarão também a ser comparticipados, independentemente da idade do utente da CNS.
Note-se que, atualmente as mulheres até aos 30 anos têm direito a um reembolso de 80% da pílula e do dispositivo intrauterino. No entanto, o custo do procedimento de colocação e remoção do DIU, por exemplo, fica a cargo da mulher. No futuro, esses procedimentos também serão cobertos pela CNS e o critério da idade será eliminado.