Luxemburgo. Será que os alunos têm demasiados trabalhos de casa?
Radio Latina 2 min. 20.07.2022 Do nosso arquivo online
Ensino

Luxemburgo. Será que os alunos têm demasiados trabalhos de casa?

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Luxemburgo. Será que os alunos têm demasiados trabalhos de casa?

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Luxemburgo. Será que os alunos têm demasiados trabalhos de casa?

O presidente da FAPEL diz que se deve olhar para a questão não só em termos de quantidade, mas também de conteúdo. E defende trabalhos de casa mais informais, como por exemplo pedir aos alunos que discutam um determinado tema com a família, à hora de jantar.

Será que os alunos das escolas luxemburguesas têm demasiados trabalhos de casa? À margem da apresentação do conceito de ajuda aos trabalhos para casa (TPC), que será implementado nas ‘maisons relais’ e outras estruturas de acolhimento extracurricular, a Rádio Latina falou com a FAPEL – Federação das Associações de Pais de Alunos do Luxemburgo, sobre o assunto

O presidente da organização, Charles Krim, considera que os deveres são necessários, mas defende mexidas no sistema. “Devemos analisar a quantidade e o conteúdo dos TPC”, diz.

O responsável considera que o conceito dos trabalhos de casa devia incluir uma componente informal para “estimular a partilha familiar”.

Mais concretamente, o responsável entende que os trabalhos de casa deviam incluir uma “componente informal” e não apenas os tradicionais exercícios. Pedir aos alunos que discutam as alterações climáticas com os pais, à hora de jantar, é um exemplo de  TPC que, para Charles Krim, faria todo o sentido. Incluir atividades físicas que obriguem as crianças a estar em contacto com a natureza é outro.

Para já, os TPC nas escolas luxemburguesas são para manter, mas o ministro da Educação quer estes sejam feitos antes de o aluno ir para casa. Com o projeto de ajuda aos trabalhos de casa, Claude Meisch quer dar aos profissionais das ‘maisons relais’ e outras estruturas extracurriculares as competências necessários para que estes possam ajudar os alunos a fazer os trabalhos de casa. O objetivo é aliviar as famílias, sobretudo aquelas que não dominam as línguas usadas na escola e que, por essa razão, acabam por não conseguir ajudar os filhos a fazer os deveres.

O projeto agrada à FAPEL. Charles Krim diz que qualquer iniciativa que possa ajudar as famílias a lidar com o sistema de educação multilingue do Luxemburgo é bem-vinda. O responsável lembra que a própria FAPEL já tentou implementar este tipo de iniciativa.

Os trabalhos de casa serão um dos temas em debate nas jornadas culturais que a FAPEL organiza nos próximas dias 11 e 12 de novembro, em colaboração com a Associação Europeia de Pais. Os membros da federação luxemburguesa vão discutir o assunto com a diretora de uma escola na Dinamarca para comparar os sistemas e os diferentes métodos utilizados.

Entretanto, o ministro da Educação, Claude Meisch, vai esta semana ao Parlamento discutir o projeto de ajuda aos trabalhos de casa. A discussão na especialidade está marcada para quinta-feira, a partir das 8h.


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