Investigador português no Luxemburgo quer facilitar diagnóstico do cancro da pele
Radio Latina 06.06.2023 Do nosso arquivo online
Inteligência artificial

Investigador português no Luxemburgo quer facilitar diagnóstico do cancro da pele

Inteligência artificial

Investigador português no Luxemburgo quer facilitar diagnóstico do cancro da pele

Radio Latina 06.06.2023 Do nosso arquivo online
Inteligência artificial

Investigador português no Luxemburgo quer facilitar diagnóstico do cancro da pele

Filipe Silva é investigador na Universidade do Luxemburgo e está a desenvolver uma ferramenta para facilitar o diagnóstico do cancro da pele.

Filipe Silva é licenciado em Engenharia Informática e está a fazer mestrado na área da Inteligência Artificial. O projeto da sua tese é o desenvolvimento de um software para ajudar os médicos no diagnóstico do cancro da pele. Ouvido pela Rádio Latina, explicou que o projeto não é novo. Inspirado noutros projetos internacionais, o trabalho de Filipe Silva passa por desenvolver novos modelos.

Por cá, o trabalho de Filipe Silva é "único e inovador", diz. Lembra que já existem aplicações móveis que funcionam com a mesma filosofia, mas alerta para as limitações dessas ferramentas.

Trocado por miúdos, o software funciona a partir de algoritmos e probabilidades. “É matemática. É mesmo muita matemática”, frisa.

Na prática, aquilo que se pretende é que os exames feitos ao paciente sejam lidos por um aparelho, algo que ajudará então a detetar se se trata ou não de um cancro. O investigador adianta que o aparelho já existe. Neste momento, Filipe Silva está a tentar perceber se, do ponto de vista legal, poderá utilizar os estudos feitos anteriormente sobre o dispositivo. Explica que este é um método que permitiria “evitar biópsias inúteis”.

“O objetivo não é substituir os médicos”

A base do projeto de Filipe Silva é a inteligência artificial. Segundo o investigador português, o objetivo não é substituir os médicos, mas sim criar uma ferramenta que possa ajudá-los no seu dia a dia e, por consequente, ajudar pacientes. Automatizar algumas tarefas poderá ajudar a lutar contra o problema da falta de médicos.

Filipe Silva está a desenvolver este projeto no âmbito da sua tese de mestrado. Neste momento, está na fase de investigação. Este é um projeto no qual ambiciona continuar a trabalhar durante o doutoramento, esperando também contar com o apoio do Fundo Nacional para a Investigação. Outro dos objetivos é vir a envolver mais hospitais e investigadores.

Artigo: Diana Alves | Foto: Dr. Nelly Kiesch