Index. Empresas pouparam mais de 2 mil milhões de euros com os adiamentos
Index. Empresas pouparam mais de 2 mil milhões de euros com os adiamentos
Segundo Tom Haas, chefe do serviço Modelização e Previsão do Instituto Nacional de Estatística (Statec), só em salários brutos, a poupança é de 2 mil milhões.
Tom Haas frisa, no entanto, que isto não quer dizer que as empresas “estão bem”. Está para breve o pagamento de duas parcelas do ‘index’, assim como uma subida do salário mínimo. Mesmo assim, sem os acordos tripartidos, a situação seria pior.
Note-se que, na reunião tripartida do mês de março, o Governo e os parceiros sociais – à exceção da central sindical OGBL – decidiram adiar a tranche da indexação então prevista para o mês de julho. Foi uma forma de ‘aliviar’ as empresas face à crise provocada pela escalada dos preços. Para compensar trabalhadores e reformados, o Executivo criou várias ajudas, entre as quais o chamado crédito fiscal de energia.
Cerca de seis meses depois, Governo, sindicatos e patrões voltaram à mesa da tripartida devido à crise inflacionista. Neste encontro, foram decididas novas medidas compensatórias que levaram àquilo a que o Statec chama de “adiamento automático” do ‘index’. Isto é, as medidas foram suficientes para ‘substituir’ novas parcelas da indexação que, de outra forma, teriam sido acionadas.
Texto: Diana Alves | Foto: Anouk Antony
