Em 2018 o CSV foi o mais votado e Félix Braz o único lusófono eleito
Em 2018 o CSV foi o mais votado e Félix Braz o único lusófono eleito
Cinco anos depois, o Luxemburgo prepara-se para voltar às urnas para eleger um novo Parlamento. E nas vésperas do escrutínio aproveitamos para recordar o que aconteceu a 14 de outubro de 2018, data das últimas legislativas.
O Partido Cristão Social (CSV) foi na altura, e mais uma vez, o partido mais votado, conquistando 21 assentos parlamentares. Porém, como não alcançou a maioria absoluta, voltou a ser relegado para a bancada da oposição, repetindo-se a coligação tripartidária entre os partidos DP, LSAP e Déi Gréng, que conquistaram 12, dez e nove assentos, respetivamente. Uma coligação que chegou ao poder, pela primeira vez, em 2013.
Quanto aos candidatos lusófonos, em 2018 apenas um foi eleito. O antigo ministro da Justiça, Félix Braz, do Déi Gréng, foi o único candidato de origem lusófona entre os mais votados. Após as eleições, Braz continuou com a tutela da Justiça, cargo que já tinha desempenhado na anterior legislatura, e ascendeu a vice-primeiro-ministro, função que partilhou com Étienne Schneider, o então ministro da Economia.
O lusodescendente ficou no Governo até setembro de 2019, quando o Déi Gréng anunciou, numa conferência de imprensa, que Braz não regressaria ao Executivo, um mês depois de o então ministro da Justiça ter sofrido um ataque cardíaco. Félix Braz foi o primeiro e até agora único político de origem portuguesa a integrar um Governo luxemburguês.
Uma das surpresas da noite eleitoral de 14 de outubro de 2018 foi o Partido Pirata, que entrou para a Câmara dos Deputados, ao eleger dois deputados.
Artigo: Diana Alves | Foto: Lex Kleren/Arquivo LW