Denunciar violência doméstica pode demorar. “Às vezes por culpa, outras por amor”
Radio Latina 26.01.2023 Do nosso arquivo online
Luxemburgo

Denunciar violência doméstica pode demorar. “Às vezes por culpa, outras por amor”

Luxemburgo

Denunciar violência doméstica pode demorar. “Às vezes por culpa, outras por amor”

Radio Latina 26.01.2023 Do nosso arquivo online
Luxemburgo

Denunciar violência doméstica pode demorar. “Às vezes por culpa, outras por amor”

Denunciar um caso de violência doméstica, seja ela física ou sexual, pode demorar. E isso é normal.

Sandra Wies, uma das coordenadoras da linha telefónica de apoio ‘violence’, explicou à Rádio Latina que em, casos de violência psicológica, a vítima pode demorar muito até perceber a dimensão daquilo que lhe está a acontecer. E mesmo em situação de agressões física ou sexual, apresentar queixa ou pedir ajuda pode ser um processo muito complexo e longo. Às vezes por um sentimento de culpa, outras por amor, diz a responsável.

Por estas razoes, existe no Luxemburgo uma unidade de medicina-legal para a documentação de agressões. Trata-se da UMEDO. As vitimas são examinadas e as agressões devidamente documentadas. As provas são guardadas durante dez anos, precisamente para dar tempo à vítima.

No Luxemburgo, a esmagadora maioria das vitimas de violência não faz queixa ou pede apoio por não confiar nas organizações competentes ou por, simplesmente, acreditar que a violência de que foi alvo não foi suficientemente grave, segundo um estudo do Instituto Nacional de Estatística (Statec). Sandra Wies diz que, em casos de violência psicológica, por exemplo, muitas estão convictas de que a polícia não vai acreditar.

A responsável frisa que, mesmo em casos de violência psicológica, em que provar uma agressão é muito difícil, é fundamental procurar ajuda.

Infomann (para os homens), Fondation Maison de la Porte Ouverte, Pro Familia, Femmes em Détresse ou Log-in (CNFL) são alguns dos centros a que as vítimas podem pedir ajuda. Já a ‘helpline violence’ pode ser contactada todos os dias, das 12h às 20h, através do número 2060 1060. O atendimento é gratuito e as vitimas podem manter o anonimato. Em caso de urgência, ligue para o 113.

Artigo: Diana Alves | Foto: Anouk Antony/Luxemburger Wort


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