CSV quer aumentar poder de compra com redução da carga fiscal
CSV quer aumentar poder de compra com redução da carga fiscal
À Radio Latina, o cabeça de lista nacional do partido, Luc Frieden, considerou que as pessoas têm agora menos rendimentos líquidos e por consequência menos poder de compra. A culpa é da carga fiscal.
O CSV propõe uma adaptação progressiva da tabela fiscal à inflação e um aumento do valor do primeiro escalão tributável. Luc Frieden não quantifica o aumento mas considera que dessa forma os pequenos rendimentos não pagariam impostos.
O Luxemburgo tem falta de mão de obra e o setor da construção civil é dos mais afetados. Para o candidato a primeiro-ministro do CSV, a solução para este problema começa na escola. Luc Frieden diz que é preciso dizer aos alunos que as formações profissionais também são importantes e que nem toda a gente pode estar “sentado atrás de um computador no escritório”. Mas para atrair mais trabalhadores, Frieden defende que também é necessário ter casas mais baratas.
Quase metade da população do Luxemburgo não tem nacionalidade luxemburguesa e fica assim ‘fora’ das eleições legislativas. Para Luc Frieden, a abertura à dupla nacionalidade é suficiente para que as pessoas possam participar neste ato eleitoral. Ou seja, o CSV está contra a abertura do direito de votos aos estrangeiros nas legislativas.
Se não ganhar as eleições legislativas, Luc Frieden não abandonará a bancada da oposição. O antigo ministro das Finanças, do Governo de Jean-Claude Juncker, garantiu em fevereiro à Rádio Latina que caso os cristão-sociais não vençam este escrutínio irão cumprir o seu papel na oposição. E que também ele o fará.
Luc Frieden abandonou a política pouco tempo depois das legislativas de 2013, ganhas pelo CSV. Mas o maior partido do país foi ‘empurrado’ para a bancada da oposição devido à inédita coligação entre liberais (DP), socialistas (LSAP) e ecologistas (Déi Gréng). Muitos foram os que acusaram Frieden de abandonar o partido num dos seus momentos mais difíceis.
Artigo: Susy Martins | Foto: Gerry Huberty