Construção. Maior parte das empresas exige experiência e domínio do francês
Construção. Maior parte das empresas exige experiência e domínio do francês
Para trabalhar na construção, é preciso falar francês e ter, em média, entre um a quatro anos de experiência. É essa a conclusão da Agência para o Desenvolvimento do Emprego (ADEM) com base nas vagas de emprego notificadas pelas empresas entre 2019 e 2021.
Numa série de vídeos sobre as tendências do mercado de trabalho nacional, divulgados no seu site, a ADEM indica que, naquele período, 76% dos anúncios exigiam pelo menos uma experiência profissional. Entre esses anúncios, a maior fatia – 41% – pedia entre um e quatro anos de experiência, mas havia também empresas a pedir entre cinco e dez anos. Nestes casos, trata-se, sobretudo, de cargos de chefia.
Sobre as exigências linguísticas, o francês era um critério obrigatório em 93% dos anúncios, seguindo-se o alemão (40%), o luxemburguês (28%) e o inglês (17%). Apesar de não constar das estatísticas, a ADEM destaca também a importância da língua portuguesa, como explica Inès Baer, responsável dos estudos sobre o mercado de trabalho do centro de emprego.
Computadores e tablets cada vez mais importantes nos estaleiros
A Agência para o Desenvolvimento do Emprego examinou também as competências exigidas nas vagas de emprego. Saber usar um computador lidera a lista das ‘skills’ mencionadas nos anúncios, aparecendo em 20% dos anúncios. Uma competência que não é exigida apenas a quem trabalha no escritório.
Outras das competências que surgem nas ofertas de emprego são por exemplo a capacidade de adaptação e flexibilidade, saber gerir prioridades, tarefas e tempo e a autonomia. De acordo com a ADEM, há um conjunto de ‘skills’ que são cada vez mais exigidas pelos empregadores. “Constatamos que há uma procura crescente em termos de autonomia, responsabilidade, gestão de prioridades, resolução de problemas, competências digitais e conhecimento de normas de qualidade”, adianta Inès Baer.
Quanto a qualificações, metade das empresas que estavam a recrutar entre 2019 e 2021 não exigiam diploma. Já 18% pedia o chamado DAP (Diploma de Aptidão Profissional), 11% o BTS, outros 11% um curso superior e 10% o ensino secundário sobretudo no caso dos engenheiros e arquitetos).
Artigo: Diana Alves | Foto: Anouk Antony