Bullying. Como procedem as escolas?
Bullying. Como procedem as escolas?
No âmbito do caso de um aluno português vítima de bullying numa escola do norte do país, que divulgámos ontem, a Rádio Latina pediu esclarecimentos à escola, que remeteu o caso para a direção regional do ensino. Escusando-se a revelar qualquer detalhe sobre o caso, por razões de confidencialidade, Marc Schreiner, da Direção do Ensino Fundamental da Região de Wiltz, explicou qual a forma de proceder das escolas perante um problema de bullying.
O primeiro passo cabe à equipa pedagógica da escola em questão. Segundo o responsável, essa equipa tenta, “muitas vezes com sucesso, resolver a situação dentro da escola através de uma maior vigilância, conversas com os alunos envolvidos e também com os pais”. Neste contexto, o estabelecimento pode solicitar a intervenção do Instrutor Especializado para Crianças com Necessidades (I-EBS, na sigla em francês).
Marc Schreiner indica que a escola pode também recorrer aos serviços da equipa “Stopmobbing” do Ministério da Educação. Se o problema persistir, o responsável adianta que a direção pode pedir a intervenção de um educador especializado da Equipa de Apoio para Crianças com Necessidades (ESEB). O diretor regional indica que a ESEB dispõe também de psicólogos cujo papel é avaliar a situação e aconselhar os professores.
Schreiner frisa que os pais podem também optar por um acompanhamento mais exaustivo do aluno em questão por um psicólogo externo, acrescentando que, neste caso, podem contar, se necessário, com o apoio do Serviço Nacional da Infância (ONE).
Outra das ferramentas existentes diz respeito ao Centro para o Desenvolvimento Socioemocional (CDSE), que pode ser requerido em determinados casos tanto pelos pais, como pela Comissão de Inclusão da Direção Regional em causa.
A Rádio Latina já pediu mais informações ao Ministério da Educação sobre a estratégia nacional de luta contra o bullying. Aguardamos resposta.
Diana Alves