Associações de defesa dos doentes e dos idosos querem reforma do serviço Adapto
Radio Latina 12.02.2020 Do nosso arquivo online

Associações de defesa dos doentes e dos idosos querem reforma do serviço Adapto

Associações de defesa dos doentes e dos idosos querem reforma do serviço Adapto

Foto: Gerry Huberty
Radio Latina 12.02.2020 Do nosso arquivo online

Associações de defesa dos doentes e dos idosos querem reforma do serviço Adapto

A partir de 1 de março, os transportes públicos e o transporte para pessoas com mobilidade reduzida vão ser gratuitos no Luxemburgo. Mas há ainda reformas a fazer.

A associação luxemburguesa de defesa dos direitos dos doentes (Patiente Vertriedung) e a associação de apoio aos idosos (Amiperas) exigem uma reforma do serviço de transportes para pessoas com mobilidade reduzida, Adapto.

A Patiente Vertriedung e a Amiperas defendem que o Ministério da Mobilidade tem de rever o serviço Adapto. Exigem, num comunicado conjunto, melhorias no prazo para os pedidos dos novos cartões, no acesso aos formulários através da Internet e no número de viagens por utente.

A partir de 1 de março, os transportes públicos e o transporte para pessoas com mobilidade reduzida vão ser gratuitos no Luxemburgo e os utentes habituais do serviço Adapto têm menos de um mês para adquirir os novos cartões, que entram em vigor nessa altura.

As duas associações pedem um alargamento do prazo para os pedidos dos novos cartões, reforçando as recentes críticas da União Luxemburguesa dos Consumidores (ULC), que considera ser "impossível" para os mais 10 mil utentes habituais deste serviço consultar um médico que certifique a incapacidade e depois aceder aos formulários para adquirir o novo cartão.

O acesso a estes formulários é outra das críticas apontadas, já que estão disponíveis apenas nos sites adapto.lu e guichet.lu, quando boa parte dos idosos não tem acesso à Internet.

A Patiente Vertriedung e a Amiperas criticam ainda o transporte em grupo, através do Adapto. Defendem que as viagens individuais devem continuar a ser a regra, como forma de evitar que o transporte de outros utentes prejudique, por exemplo, a marcação de uma consulta médica de um idoso.

Cada utente tem direito a 360 viagens por ano nas carrinhas Adapto, perfazendo uma média de 15 viagens ‘ida e volta’ por mês. Para a associação de defesa dos doentes e para a de apoio aos idosos, este número de viagens "não é suficiente", por exemplo, para as pessoas com deficiência que têm filhos ou que participam ativamente em associações ou noutras coletividades.

Em conclusão, as duas associações exigem ao ministério que tutela os transportes uma melhoria dos serviços Adapto.

Texto: Henrique de Burgo