Luxemburgo é o país da UE com mais bebés nascidos de mães de origem estrangeira
Segundo o Eurostat, mais de 60% dos nascimentos no país, em 2020, foram de mães de outros Estados-membros da UE ou de países terceiros. O índice de fertilidade do país continuou abaixo da média comunitária mas subiu ligeiramente face a 2019.
O Luxemburgo foi o país da União Europeia onde, em 2020, se verificou a maior percentagem de crianças nascidas de mães de origem estrangeira (que nasceram fora do Grão-Ducado).
Segundo um relatório publicado, esta quinta-feira, pelo Eurostat, essa percentagem correspondeu a mais de metade (64%) das crianças nascidas no país nesse ano. O Chipre foi o segundo país com mais bebés nascidos de mães de origem estrangeira e na Áustria, Malta e Bélgica a percentagem foi de cerca de um terço.
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Já no outro extremo da escala, nove países tinham menos de 10% de crianças filhas de mães nascidas no estrangeiro, com as quotas mais baixas a serem registadas na Bulgária, Eslováquia (ambos com 2%) e Lituânia (3%).
O relatório do Eurostat sublinha que, a nível geral, a percentagem de crianças nascidas de mães de origem estrangeira - tanto provenientes de outros Estados-membros da UE como de países terceiros - tem vindo a crescer no espaço comunitário desde 2013, tendo atingido, em 2020, uma percentagem de 21%, correspondendo a um quinto do total de nascimentos.
Em 2020, nasceram 4,07 milhões de bebés na União Europeia e a taxa de fertilidade foi de 1,50 nados vivos por mulher.
O número de bebés nascidos nesse ano mostra uma tendência descendente desde 2008, quando se registaram 4,68 milhões de nascimentos, e uma pequena diminuição da taxa de fertilidade em relação ao pico verificado em 2016, de 1,57 nados vivos por mulher. Ainda assim a taxa subiu face ao início do milénio (2001), quando se situou em 1,43.
Índice de fertilidade sobe ligeiramente no Luxemburgo
Entre 2019 e 2020, a taxa de fertilidade subiu ligeiramente no Luxemburgo, passando de 1,34 para 1,36, mas ainda assim abaixo da média europeia (1,50).
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O Estado-Membro da UE que registou maior taxa de fertilidade total foi a França (1,83 nascimentos vivos por mulher), seguido da Roménia (1,80), da República Checa (1,71) e da Dinamarca (1,68).
Malta (com 1,13 nascimentos por mulher), Espanha (1,19) e Itália (1,24) registaram as taxas de fertilidade mais baixas.
Em Portugal, a taxa de fertilidade, em 2020, foi de 1,40.
Mais de metade dos nascimentos em 2020 foram primeiros nascimentos
O relatório do Eurostat destaca ainda que cerca de metade (46,2%) das crianças nascidas na UE em 2020 foram primeiros nascimentos, com Portugal, Roménia, Luxemburgo a serem os três países onde a percentagem de primeiros nascimentos foi maior, correspondendo a mais de 50%.
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No sentido, Estónia (com 38,0%), Letónia (38,7%) e Irlanda (39,3%) apresentaram as percentagens mais baixas de primeiros nascimentos no total de bebés nascidos em 2020.
Em termos globais, no espaço comunitário mais de um terço (35%) de todos os nados vivos em 2020 foram segundos nascimentos e cerca de um oitavo (12,5%) terceiros nascimentos.
Só 5,9% corresponderam ao nascimento do quarto filho (ou subsequente), destacando-se neste grupo a Finlândia (10,0 %), seguida da Irlanda (8,8 %) e da Estónia (8,7 %), como os países com as maiores percentagens.