Fedil. Redução do tempo de trabalho é "areia para os olhos do eleitor"
Do lado do Governo, parece haver alguma abertura no que toca à redução do tempo de trabalho, embora não haja ainda qualquer proposta concreta nesse sentido.
Com a discussão sobre a eventual redução do tempo de trabalho no Luxemburgo, o Governo está "a atirar areia para os olhos dos eleitores". Quem o diz é a FEDIL, a federação que representa o setor da indústria luxemburguesa.
Num comunicado sobre as dificuldades que o setor atravessa atualmente, o organismo destaca a "séria falta de mão de obra na maior parte dos setores ou empresas".
A organização defende por isso a realização de um estudo "sério e aprofundado de todos os elementos que influenciam a disponibilidade de mão de obra" e que poderão prejudicar o bom funcionamento das empresas.
De acordo com a presidente da federação, Michèle Detaille, citada no comunicado enviado às redações, o problema da falta de trabalhadores "vai muito além do setor privado" e há um risco de se transformar num "verdadeiro problema para a sociedade".
Patrões defendem semana de mais de 40 horas para quem quiser
A dirigente acrescenta que os empresários estão "assustados com as tentativas políticas de atirar areia para os olhos dos eleitores com a ideia de uma redução generalizada do tempo de trabalho, desfasada da realidade de funcionamento do mercado de trabalho".
Do lado do Governo parece haver alguma abertura no que toca à redução do tempo de trabalho, embora não haja ainda qualquer proposta concreta nesse sentido.
35 horas de trabalho. Redução vai ser debatida no Parlamento
O ministro da tutela Georges Engel já pediu a realização de um estudo sobre a matéria, cujos resultados serão a base de uma reflexão sobre a eventual redução do tempo de trabalho no Luxemburgo.