Vamos deixar de receber o CIE. Medida custou 450 milhões de euros
Vamos deixar de receber o CIE. Medida custou 450 milhões de euros
Desde então trabalhadores e reformados, com salários e pensões inferiores a 100.000 euros por ano, passaram a receber uma compensação mensal de 76 e os 84 euros, consoante os rendimentos.
Como anunciado na altura, o crédito fiscal de energia cairá na conta dos trabalhadores e reformados pela última vez no mês de março, já que, em abril, será então paga a tranche do ‘index’ adiada.
Contactado pela Rádio Latina, o Ministério das Finanças indica que a medida custou 450 milhões de euros, correspondendo a mais de metade do pacote de 827 milhões destinados a financiar o conjunto de medidas para fazer face à crise dos preços.
Há quem fique a perder
Questionado sobre o número de contribuintes que sairá a perder, com a substituição do crédito fiscal de energia pelo ‘index’, o ministério de Yuriko Backes adianta apenas que “o facto de se tratar não só de uma compensação, mas de uma sobrecompensação efetiva do poder de compra fez com que alguns agregados tenham acabado por beneficiar mais durante o período do CIE do que se a tranche do ‘index’ tivesse sido paga na altura”.
Mesmo assim, há quem saia a perder, isto é, quem passe a ganhar menos em abril. Segundo contas feitas pela revista Paperjam, uma pessoa que ganhe o salário mínimo não qualificado, por exemplo, receberá em fevereiro e março cerca de 2.140,26 euros líquidos (salário + CIE). Em abril, com o fim do CIE e o pagamento do ‘index’, esse montante fica em 2.098,52 euros líquidos por mês.
Artigo: Diana Alves | Foto: Marc Wilwert