"Se beber não conduza e recorra aos transportes", pede a polícia
"Se beber não conduza e recorra aos transportes", pede a polícia
Operação Carnaval nas estradas luxemburguesas. Ao longo dos próximos dias a polícia vai estar mais presente no terreno, sobretudo durante os principais eventos de Carnaval.
Numa nota divulgada no seu site, a polícia grã-ducal avisa que as fiscalizações serão centradas na condução sob efeito de álcool e no excesso de velocidade.
As autoridades aproveitam para lembrar que o álcool continua a ser um dos principais fatores de acidentes graves. Em 2021, a substância foi a principal causa identificada em 17% dos acidentes graves e em 33% dos acidentes mortais. A polícia lembra ainda que o álcool é uma substância psicoativa que provoca efeitos restritivos ao nível da visão, comportamento e tempo de reação.
As forças de segurança alertam que não é preciso estar em estado de embriaguez para que o álcool afete a condução. Segundo a informação disponibilizada, a desinibição provocada pelo álcool surge a partir de 0,2 gramas de álcool por litro de sangue (g/l).
Já a atenção, concentração e resistência à fadiga baixam e os problemas neuromusculares aparecem a partir de 0,3 g/l. A partir de 0,5 g/l, verifica-se uma “clara alteração das perceções sensoriais, diminuição da capacidade de reação, aumento do tempo de reação, problemas de coordenação e diminuição do campo de visão.
Multas e perda de pontos na carta
A condução sob o efeito do álcool pode dar multas, levar à perda de pontos na carta ou até mesmo a penas de prisão, dependendo da taxa de álcool detetado no sangue.
O automobilista que acusar entre 0,5 e 0,8 g/l arrisca-se a uma multa de 145 euros e perde dois pontos na carta. Entre 0,8 e 1,2 g/l, a coima sobre para 500 euros, o infrator perde quatro pontos na carta e é alvo de um auto (‘procès verbal’, em francês). Se o nível for igual ou superior a 1,2 g/l, o valor da multa pode variar entre os 500 e os 10.000 euros. Nestes casos, o condutor perde seis pontos na carta e o documento é-lhe retirado imediatamente. É ainda alvo de um auto e arrisca-se a uma pena de prisão de oito dias a três anos.
Artigo: Diana Alves | Foto: Pierre Matgé
