Patrões defendem semana de mais de 40 horas para quem quiser
Patrões defendem semana de mais de 40 horas para quem quiser
Jean-Paul Olinger, presidente da União das Empresas Luxemburguesas (UEL), falou à Rádio Latina sobre o problema da falta de mão de obra no país e adiantou que uma das soluções poderia passar por semanas de trabalho de mais de 40 horas, devidamente pagas e apenas para o trabalhador que assim o desejar.
Atualmente, alguns setores com atividade sazonal têm autorização para efetuar até 60 horas de trabalho por semana. Trata-se de uma exceção visto que a lei luxemburguesa estipula um máximo de 48 horas de trabalho semanais, incluindo horas extraordinárias.
Jean-Paul Olinger sublinha que esta poderia ser uma opção para ajudar as empresas a lidar não só com a falta de mão de obra, mas também com a multitude de licenças especiais que existem no país, às quais vêm juntar-se ainda 26 dias de férias e 11 feriados.
O presidente da UEL diz que o organismo é defensor dos direitos dos trabalhadores, mas alerta para a situação difícil que isso pode criar no seio de uma empresa. É o caso, por exemplo, quando numa mesma equipa mais do que um trabalhador beneficia da licença parental.
Outra complicação prende-se com a substituição de trabalhadores que estão ausentes apenas um dia por semana.
Olinger alerta também para a pressão que recai sobre uma equipa quando um ou vários elementos usufruem de uma das licenças especiais que existem no país.
Por estas razões, a UEL pede ao Governo mais meios para ajudar as empresas. Um deles seria a possibilidade de um trabalhador poder trabalhar mais do que 40 horas por semana.
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