OGBL. “Preço menos elevado significa também menos salário para o taxista”
OGBL. “Preço menos elevado significa também menos salário para o taxista”
A OGBL espera que a futura aplicação para o setor dos táxis, anunciada pelo ministro da Mobilidade, não tenha como único objetivo fazer baixar as tarifas praticadas no mercado.
Tentar a todo o custo que os preços desçam será benéfico para o cliente, mas poderá atirar o trabalhador para uma situação precária. “Preço menos elevado quer também dizer menos salário para o condutor” como referiu à Rádio Latina o sindicalista Sveinn Graas.
Apesar do anúncio repentino do ministro, numa entrevista recente à RTL, pouco se sabe sobre os planos de François Bausch. O ministro da Mobilidade e Obras Públicas esteve reunido na segunda-feira com a Federação dos Táxis, mas o conteúdo da reunião não foi tornado público.
Escutado pela Rádio Latina, o presidente da federação, o português Paulo Leitão, adiantou apenas que, afinal, a ideia do ministro “não é propriamente uma Uber”, mas sim uma plataforma que deverá centralizar todas as empresas, permitindo ao cliente escolher aquela que mais lhe convier. Se assim for, e se a convenção coletiva do setor for respeitada, o projeto poderá vir a ter o apoio da OGBL, embora, para Sveinn Graas, tudo dependa das condições.
Sveinn Graas lamenta também que o ministro se tenha lançado neste projeto sem sequer concluir a reforma do setor.
Para já, o sindicato ainda não foi tido nem achado nas conversações sobre o lançamento de uma aplicação gerida pelo Estado. O sindicalista Sveinn Graas acredita que a OGBL terá em breve uma reunião com François Bausch. Mas o tempo poderá escassear. De acordo com a Federação dos Táxis, o ministro tenciona apresentar o projeto de lei sobre a referida plataforma já no mês de outubro.