“Mulheres árbitras têm mostrar que são tão boas ou melhores do que os homens” – Tânia Morais (C/ÁUDIO)
Radio Latina 2 min. 03.03.2017 Do nosso arquivo online

“Mulheres árbitras têm mostrar que são tão boas ou melhores do que os homens” – Tânia Morais (C/ÁUDIO)

“Mulheres árbitras têm mostrar que são tão boas ou melhores do que os homens” – Tânia Morais (C/ÁUDIO)

Radio Latina 2 min. 03.03.2017 Do nosso arquivo online

“Mulheres árbitras têm mostrar que são tão boas ou melhores do que os homens” – Tânia Morais (C/ÁUDIO)

Foto: Facebook Tania Morais Está aí o mês de março, o mês em que mais se fala da mulher, da igualdade de género e do (muito) trabalho que ainda há a fazer para lá chegar. E por isso, entre hoje e a próxima quarta-feira – Dia Internacional da Mulher – vamos usar este espaço noticioso para destacar uma mulher por dia. Todas elas são portuguesas, ou lusodescendentes, e todas são Mulheres com M grande. A primeira é Tânia Morais. Tânia tem 33 anos e vive no Luxemburgo desde os oito. Trabalha na área da consultoria fiscal e, nos tempos livres, é árbitra, um hobby que é mais um segundo trabalho do que propriamente um hobby. Apita jogos de futebol desde 2001 e em 2012, depois de muito treino, entrou para os quadros de árbitros da FIFA. Um ano depois apitou, pela primeira vez, um encontro da Liga BGL. Hoje dirige partidas tanto no Luxemburgo como no estrangeiro, um meio dominado por homens. Tânia diz que a preponderância esmagadora dos homens na arbitragem não lhe facilitou a vida e acrescenta que, neste meio, as mulheres “têm de dar o dobro” e mostrar que são tão boas ou melhores que os homens.

Olhando para trás, a árbitra portuguesa considera que foi alvo de algumas injustiças e que lhe foi sempre exigido mais do que aos homens. Hoje, a situação é diferente.

Outra dificuldade, sentida por Tânia Morais, é a conciliação entre o emprego, a arbitragem e a vida pessoal.

Tânia Morais falou-nos também de algumas situações caricatas, que viveu, dentro das quatro linhas, no início da carreira. Quando começou a apitar jogos da Liga de Honra era tratada muitas vezes – força do hábito – por “senhor árbitro”.

Questionada sobre a escassez de mulheres neste meio, Tânia Morais sublinha que há falta de apoio e acrescenta que a arbitragem pode ser uma alternativa para as amantes do futebol que não conseguem singrar na modalidade.

Há 15 anos a dirigir partidas, no Luxemburgo e além-fronteiras, Tânia Morais diz não esquecer uma final da Taça das Ligas Inferiores, em que sentiu o seu trabalho reconhecido. A nível internacional, salienta a qualificação da Liga dos Campeões de futebol feminino, na Suécia, em novembro do ano passado.

Tânia Morais, árbitra portuguesa de 33 anos. Um dos percursos que destacamos nas vésperas do Dia Internacional da Mulher, que se assinala a 8 de março. Redação Latina