LCGB volta a chamar Governo à responsabilidade sobre segurança aérea

A central sindical LCGB insiste em chamar o Ministério da Mobilidade à responsabilidade sobre a segurança no setor da aviação.

A troca de palavras entre o sindicado e o ministério surge depois de a ministra da Mobilidade, Yuriko Backes, ter abordado o projeto em estudo da Agência Europeia para a Segurança da Aviação, que prevê apenas um piloto no cockpit do avião, a partir de 2027.

Numa primeira reação, a LCGB lembrou que “a segurança aérea não é um jogo”, pedindo ao Governo para assumir a sua responsabilidade e trabalhar em colaboração com as pessoas que estão no terreno.

Na sua resposta, o Ministério da Mobilidade explicou que este cenário de um só piloto no cockpit seria posto em prática apenas na chamada fase 'voo de cruzeiro', em voos de longo curso. 

Em declarações à Rádio Latina, o sindicalista Paul de Araújo, insiste que a única forma de garantir a segurança é através da permanência de dois pilotos no cockpit, em todas as fases do voo.

Confrontado com o recente comunicado de imprensa do Ministério da Mobilidade, que dá conta de que os aviões do Luxemburgo estariam excluídos desta medida, Paul Araújo diz que não é bem assim, até porque os aparelhos da Cargolux já fazem voos de longo curso.

O Ministério da Mobilidade referiu ainda em comunicado que, a ser aplicada futuramente esta medida, os governantes não teriam qualquer responsabilidade nesse processo, já que caberia à Direção da Aviação Civil implementar essa medida. Mas para a LCGB, não deixa de haver uma responsabilidade política.

A Agência Europeia para a Segurança da Aviação está a estudar a implementação da redução de pilotos no cockpit dos aviões, a partir de 2027, na fase 'voo de cruzeiro' e em voos de longo curso.

A LCGB pediu, entretanto, uma reunião com a ministra da Mobilidade para discutir este assunto e diz que está à espera de uma resposta sobre uma data.

Henrique de Burgo