Há casos de raparigas forçadas a “testes de virgindade” no Luxemburgo
Há casos de raparigas forçadas a “testes de virgindade” no Luxemburgo
A autora é Enji Ismaili Sandra Dessi que faz referência a casos de raparigas jovens, menores e maiores de idade, que pedem ajuda porque as famílias as obrigam a submeter-se a um teste de virgindade”. Algo que, segundo a peticionária, acontece “por diversas razões”. Segundo a petição, “algumas famílias querem uma prova anual da virgindade da filha e outras pedem-na porque a filha se apaixonou e tem namorado, mas o caso mais frequente prende-se com rumores sobre a filha”.
Uma “prática arcaica e discriminatória”
Em qualquer um dos casos, trata-se de “pôr em causa o comportamento das raparigas e não dos rapazes, o que sublinha o caráter discriminatório desta prática”, lamenta a autora da iniciativa.
De acordo com Sandra Dessi, muitas das raparigas não concordam com a realização do teste, mas são obrigadas pelas famílias a fazê-lo.
O que a petição quer é que este tipo de prática seja proibido por lei no Luxemburgo, à semelhança do que já acontece em França e Inglaterra.
“Num país que defende a igualdade dos sexos […] e promove a saúde afetiva e sexual, é-nos incompreensível que não exista uma lei a proibir ginecologistas-obstetras de emitir certificados de virgindade”, vinca. Para a autora, a prática “é arcaica e discriminatória, já que tem como único alvo as raparigas e o controlo da sua atividade sexual”. Além disso, acrescenta que “é medicamente impossível dizer com certeza que uma jovem mulher é ou não virgem”.
A Rádio Latina já pediu mais informações sobre este assunto ao Ministério da Saúde. Aguardamos resposta.
Artigo: Diana Alves | Foto: Pixabay