Grão-Duque defende Maria Teresa. "É uma mulher de causas e uma mãe dedicada"
Grão-Duque defende Maria Teresa. "É uma mulher de causas e uma mãe dedicada"
É a carta de um homem que defende a mulher das acusações de intangibilidade. O Grão-Duque Henri descreve a Grã-Duquesa como "uma mãe dedicada e uma mulher de causas". Na carta aberta que chegou hoje às redações, o soberano questiona:
"Porquê atacar uma mulher? Uma mulher que sempre defendeu outras mulheres? Uma mulher, a quem não se dá oportunidade de se defender?". As palavras foram escritas no domingo, em Genebra, na Suíça, onde o cunhado, irmão da Grã-Duquesa Maria Teresa, está internado nos cuidados intensivos.
O soberano sublinha que "foi num espírito de abertura, de transparência e modernidade que aceitou que a gestão do pessoal da casa real fosse escrutinada por um investigador nomeado pelo primeiro-ministro". No entanto, lamenta a publicação de alguns artigos que, frisa, "põem em causa de forma injusta a Grã-Duquesa Maria Teresa, mãe de cinco filhos e avó dedicada". De acordo com Henri "esta situação faz sofrer toda a família".
Na missiva, o soberano retrata o percurso e os combates da Grã-Duquesa, sublinhando "que está orgulhoso do empenho, inteligência e energia investidos em todas as suas ações".
O Grão-Duque afirma que vai "continuar a servir o Luxemburgo, sobretudo neste momento crucial em que os filhos estão a começar uma vida de família", numa alusão ao filho mais velho Guillaume, herdeiro ao trono, que espera um filho com a princesa Stéphanie, cujo nascimento está previsto para maio.
Com esta afirmação, Henri descarta a possibilidade, avançada por alguns órgãos de comunicação social, de abdicar do trono, aquando da apresentação do relatório Waringo.
O relatório foi realizado a pedido do primeiro-ministro, Xavier Bettel, após um artigo publicado no site de informação Reporter.lu sobre as demissões consecutivas de funcionários na casa real.
O jornal 'online' avançou, na altura, que mais de 30 pessoas deixaram de trabalhar para a família grã-ducal desde 2015. Estas mudanças terão levado, segundo o jornal, o governo a nomear Jeannot Waringo como representante especial do primeiro-ministro, com a responsabilidade de rever a política de contratações do Palácio Grão-Ducal.
Na semana passada, outro jornal, o Lëtzebuerger Land divulgou alguns pormenores do relatório que até agora não foi apresentado. O jornal afirmara que o "grande problema" é a Grã-Duquesa. Segundo a publicação, Maria Teresa faz o que quer e que lhe apetece, sem prestar contas a ninguém. "Ninguém tem controlo sobre a Grã-Duquesa Maria Teresa, nem o marechal, nem o Grão-Duque, nem o pessoal", escreveu o Land.
Susy Martins