E se depois da licença parental houvesse uma ‘licença para educar os filhos’?
E se depois da licença parental houvesse uma ‘licença para educar os filhos’?
Luc Martiny foi ao Parlamento defender a sua petição, assinada por mais de cinco mil pessoas. Quer uma compensação financeira para que os pais possam reduzir o seu horário de trabalho – até meio tempo, se assim quiserem – e ocupar-se mais dos filhos. Pede uma ‘licença para a educação dos filhos’, que viria juntar-se a outras existentes em prol da família como a licença parental ou a licença por razões familiares (para cuidar dos filhos doentes).
De acordo com uma nota divulgada no site do Parlamento, os deputados pediram dados concretos ao Governo sobre a matéria para poderem fazer uma “análise detalhada da situação”. Os parlamentares querem saber, por exemplo quando custa a chamada ‘educação informal’ de uma criança no seio de uma estrutura de acolhimento extra-curricular.
Já com esses dados em mãos, os deputados das comissões da Família, Educação e Petições e os ministros da tutela voltarão a reunir-se no dia 18 de abril.
A discussão da petição 2515 abordou as medidas políticas existentes para promover o equilíbrio entre a educação das crianças em casa e a educação em instituições como creches e estruturas de acolhimento extra-curricular (‘maisons relais’, por exemplo).
Debate sobre o tempo para a família vai continuar
Além da petição de Luc Martiny, o ‘tempo para a família’ vai continuar na agenda do Parlamento. Uma outra petição, de Manuela Barilozzi, que reivindica um subsídio para os pais poderem trabalhar menos, já recolheu as 4.500 assinaturas necessárias para que o tema seja alvo de um debate público.
Artigo: Diana Alves | Foto: Getty Images