Casamento reduz risco de desenvolver diabetes
Casamento reduz risco de desenvolver diabetes
Quem vive com um companheiro ou uma companheira poderá ter menos propensão para desenvolver a diabetes tipo 2. Esta é a principal conclusão do estudo "How sweet is your love?" (O quão doce é o seu amor?, em português) , elaborado pelas pesquisadoras Katherine J. Ford, da Universidade do Luxemburgo, e Annie Robitaille, da Universidade de Otava, no Canadá.
O estudo explora as ligações do estado civil e da qualidade conjugal com os níveis de açúcar no sangue em adultos entre 50 e 89 anos. As conclusões foram baseadas em amostras retiradas, a cada dois anos, a 3.335 indivíduos na Inglaterra, entre 2004 e 2013.
Sem querer estabelecer uma relação causal entre o casamento e a diabetes, o estudo sugere que as pessoas que vivem com um companheiro têm menos propensão a desenvolver a diabetes tipo 2, independentemente da qualidade do relacionamento.
Já as pessoas que passaram pelo divórcio, por exemplo, revelaram mudanças significativas no medidor de glicemia, apresentando maior propensão para o aumento do nível de açúcar no sangue.
Segundo as pesquisadoras, esta conclusão reforça outros estudos que dão conta de que a solidão ou o isolamento social podem desenvolver a doença. A diabetes tipo 2 representa 90% dos casos da doença e tem como causa um fenómeno conhecido como resistência à insulina.
Artigo: Henrique de Burgo | Foto: AFP