“100% das crianças passam por situações de bullying” – Associação
Radio Latina 04.08.2022 Do nosso arquivo online
Luxemburgo

“100% das crianças passam por situações de bullying” – Associação

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“100% das crianças passam por situações de bullying” – Associação

Foto: Chris Karaba
Radio Latina 04.08.2022 Do nosso arquivo online
Luxemburgo

“100% das crianças passam por situações de bullying” – Associação

A presidente da associação Amazing Kids alerta que, no bullying, todos são vítimas. Os agressores também.

Sejam agressores, vítimas ou simplesmente testemunhas, “100% das crianças passam por situações de bullying durante o percurso escolar”. Quem o diz é Catherine Verdier, psicóloga e presidente da Amazing Kids, uma associação de prevenção do bullying.

Ouvida pela Rádio Latina, a responsável destacou que, de uma forma ou outra, o bullying afeta todas as crianças.

Catherine Verdier insiste que as crianças e adolescentes agredidos não são as únicas vítimas. Também os agressores são vítimas, e têm de ser vistos e tratados como tal.

A presidente da Amazing Kids frisa que o problema do bullying é, essencialmente, um problema de falta de confiança. Razão pela qual a associação que dirige propõe uma série de ateliês sobre a autoconfiança destinados a crianças.

Sobre o caso das agressões perpetradas pelo grupo “17Antissistema”, divulgado recentemente pelo jornal Luxemburger Wort, Catherine Verdier mostra-se chocada, qualificando a situação de "terrível". A psicóloga destaca que os casos de violência em grupo são particularmente complexos. Muitos dos jovens acabam por fazer coisas que não querem fazer, mas apenas porque querem pertencer a um grupo.

Questionada sobre o que podem os pais fazer para prevenir este tipo de situação, Catherine Verdier diz que é necessário incutir empatia e ensinar a resolver conflitos desde muito cedo. A responsável dá o exemplo do programa KiVa, em vigor em todas as escolas finlandesas, desde o primeiro ao último ano de escola. Neste programa são trabalhadas as aptidões psicossociais dos alunos e o resultado é que o país tem uma das mais baixas taxas de bullying. “É toda uma mentalidade”, diz a psicóloga, acrescentando que começar esta aprendizagem no liceu ou colégio é insuficiente, e tarde demais.


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